Trata-se do Protocolo de Garantia de Identificação de Bovinos (IdBov), que já está disponível para adesão no Sistema Agri Trace da CNA. Ele foi idealizado após o Mapa verificar que uma das principais exigências da Cota Hilton para o Brasil não estava sendo devidamente validada: a certificação dos bovinos desde a desmama (10 meses de idade).
Como a antiga Instrução Normativa 17 não determinava a certificação das fazendas de cria/recria, muitos produtores se inscreviam no Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos), identificavam seus animais, mas não os certificavam, peramanecendo apenas como ERCs, Estabelecimentos Rurais Cadastrados.
Segundo André da Silva Pinto Carneiro, fiscal agropecuário do Mapa, isso não configurava fraude (já que não havia uma obrigação legal de certificação das unidades de cria), mas gerava distorções. “Um bovino chegava ao frigorífico registrado com determinada idade na documentação, por exemplo, mas o fiscal do Mapa constatava, pela dentição, que ele, na verdade, era mais velho”, explica Carneiro. “Isso estava se tornando bastante frequente e gerava desclassificações de carcaças”, continua.
O Mapa decidiu, então, determinar, por meio da Instrução Normativa 51, de outubro do ano passado, que os Estabelecimentos Rurais Aprovados Sisbov (Eras) somente comprassem bezerros para atendimento da Cota Hilton de criatórios totalmente certificados. A medida balançou o setor, pois há poucas fazendas de cria/recria nessas condições. A solução encontrada pela CNA foi propor, para o segmento, um protocolo de certificação específico, menos burocrático e mais barato, mas que oferecesse as garantias necessárias à Hilton. Veja detalhes do protocolo em reportagem da DBO de março.
