Por meio de comunicado nesta quarta-feira, 27 de março, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) avaliou que não há sinais de apoio popular a um movimento paralisação para o próximo sábado, 30. A possibilidade de manifestação vinha sendo levantada por grupos organizados em redes sociais e via whatsapp.
Na nota à imprensa, o presidente da Confederação, Vander Costa, lembra que foi a volatilidade do preço do óleo diesel que desencadeou a greve dos caminhoneiros em maio de 2018. O presidente informou que a CNT vem acompanhando as notícias de uma tentativa de mobilização de carreteiros . Segundo o presidente, “neste momento, não há sinais de apoio popular a um movimento grevista, como se viu na paralisação de 2018”.
No comunicado, o presidente da CNT afirmou também que “caso ocorra a greve de caminhoneiros autônomos, mas o governo garanta a segurança dos caminhões que continuarão trafegando, as empresas manterão a frota nas estradas”. “Vamos rodar para garantir que não haja desabastecimento”.
Na mesma nota, a Confederação disse que que considera acertada a decisão da Petrobras de reajustar o preço do óleo diesel a cada 15 dias. “Para o planejamento do custo do frete, o ideal seria um prazo maior, no entanto, consideramos positiva a sinalização dada pela Petrobras, que se mostra sensível à situação dos transportadores e do país”, expressou Costa.
O Governo Federal, por meio da GSI (Gabinete de Segurança Institucional) informou que está monitorando o movimento de caminhoneiros que, através do WhatsApp, estão convocando protestos para o próximo sábado, 30 de março.
Em um vídeo divulgado na internet, o motorista Efraim, que se diz ser um dos líderes da manifestação, comunicou que a categoria possui três reivindicações principais: cumprimento das tabelas de frete, redução no preço do diesel e redução nos pedágios.
Já Wallace Landim, conhecido como Chorão, se posiciona contrário aos protestos marcados para o dia 30 de março. Ele defende o presidente Jair Bolsonaro – que estaria sensível às reivindicações. Chorão também garante que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) começou a fiscalizar o cumprimento das tabelas de frete. Veja no vídeo:
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros ( Abcam) divulgou por meio de nota que não havia sido encontrado qualquer sinal, por meio de monitoramento de redes sociais, da organização dos caminhoneiros para uma nova greve.
A entidade informou que reconhece que são inúmeros telefonemas e mensagens de insatisfação com o atual piso mínimo de frete, bem como a falta de fiscalização para o seu cumprimento e que vem percebendo uma insatisfação muito grande da categoria que pode refletir em uma possível nova paralisação.
Na nota, a associação disse que é imprescindível a criação de uma nova tabela de frete que esteja de acordo com a realidade vivida nas estradas e que também é necessária uma fiscalização eficaz e eficiente por parte da ANTT.