Confiança do agronegócio cai, mas setor segue otimista

Produtores continuam confiantes com as condições gerais da economia brasileira, aponta levantamento

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O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), indicador calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), registrou seu segundo melhor resultado da série histórica no primeiro trimestre deste ano, de acordo com resultados divulgados nesta quinta-feira pelas duas entidades.

Com uma escala de que vai de 0 a 200 pontos, onde 100 pontos indicam neutralidade, o indicador fechou o primeiro trimestre em 111,9 pontos. Apesar de positiv0, o resultado ainda representa queda de 3,9 pontos em relação ao recorde observado no quarto trimestre do ano passado.


“O entusiasmo persiste principalmente devido aos produtores. Eles se mantêm confiantes com as condições gerais da economia brasileira, não obstante as dificuldades iniciais do novo governo em levar adiante reformas importantes como a da Previdência”, observa o estudo.

Com isso, o índice de confiança observada “antes da porteira”, o que envolve o setor de insumos, houve queda de 7,7 pontos, para 115,2 pontos. Segundo o levantamento, o bom desempenho de setores
como o de máquinas e equipamentos agrícolas no 1º trimestre ajudou a sustentar o resultado. Ainda assim, com as relações de troca dos insumos em níveis desfavoráveis, os produtores rurais mostraram pouca disposição para fechar as compras – o que explica o recuo em relação ao quarto trimestre de 2018.

Depois da porteira, o que inclui a indústria de alimentos em geral, o indicador ficou em 112,9 pontos, queda de 2 pontos em relação ao trimestre anterior. ” Os ânimos esfriaram um pouco em relação às condições atuais da economia – algo até natural, tendo em vista o forte otimismo demonstrado no final do ano passado.

Ainda de acordo com o estudo, o índice de confiança da indústria foi o que se manteve mais estável na comparação trimestral. Além disso, o otimismo dos frigoríficos, beneficiados pela maior demanda chinesa depois da peste suína africana na Ásia e por um câmbio favorável às exportações, contribuiu para a manutenção do indicador em patamares acima dos 100 pontos.

Em relação ao produtor pecuário, o índice calculado pela Fiesp e pela Ciesp ficou em 106,1 pontos, queda de 3,5 pontos. Com isso, o indicador completa dois trimestres consecutivos pela primeira vez na série histórica. “Essa ligeira perda de confiança foi em parte compensada por uma melhora relativa dos ânimos em áreas que não vinham tão bem avaliadas nos trimestres anteriores”.

O levantamento cita a melhora dos preços pago ao pecuarista. ” O preço bruto médio pago ao produtor de leite foi 30% maior no primeiro trimestre de 2019, em comparação à idêntico período do ano anterior, segundo dados do Cepea/Esalq-USP. Nesse mesmo período, a cotação do boi gordo subiu 4%.”, lembra a Fiesp em nota.

Entre os produtores agrícolas, a queda na confiança foi de 4,3 pontos, para 109,5 pontos. O mau desenvolvimento das lavouras de soja e as questões relacionadas ao crédito agrícola este ano (queda de 19% nos valores disponibilizados para pré-custeio da safra) contribuíram para pressionar o indicador. “É importante notar que as entrevistas para o estudo foram realizadas em um momento em que os preços aos produtores ainda não haviam recuado com a intensidade que ocorreu em abril”, ressaltam os pesquisadores, ao apontarem possíveis mudanças no segundo trimestre deste ano.

 

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