Confina Brasil finaliza mapeamento da pecuária intensiva brasileira

Expedição visitou cerca de 120 propriedades rurais que, juntas, somam 1,5 milhão de bovinos confinados em 2020

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Após 45 dias seguidos de trabalho, a equipe do Confina Brasil finalizou o mapeamento da pecuária intensiva brasileira. A expedição, que é uma iniciativa da Scot Consultoria, começou em março e, após uma pausa por conta da pandemia, finalizou em novembro a coleta de dados. Ao todo, a equipe passou pelos cinco principais estados que mais confinam gado no país (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais).


No total os técnicos visitaram cerca de 120 confinamentos que, juntos, somam 1,5 milhão de bois confinados em 2020. Segundo Marco Túlio Habib Silva, diretor de marketing da Scot Consultoria, alcançar essa marca é algo de grande importância para a pecuária brasileira, afinal, foi superada a meta inicial que era avaliar 20% do gado confinado, atingindo marca próxima de 30%.

“Sensação de alívio por ter conseguido cumprir o objetivo mesmo com a pandemia que impactou diretamente o começo da expedição. Conseguimos resgatar o Confina de forma rápida e retomamos a expedição para concluir a coleta de dados. Isso só foi possível graças a receptividade dos pecuaristas, que compartilharam conosco informações valiosas e muito conhecimento”, afirma Silva.

Gestão aprimorada

Entre os pontos observados na coleta de informações nos confinamentos é que, em sua grande maioria, os pecuaristas têm um bom controle dos processos e da gestão financeira (compra e venda). No questionário, por exemplo, uma das perguntas era sobre o acompanhamento dos custos do confinamento e a maioria dos entrevistados respondeu que acompanhava o custo completo, não somente o de caixa.

De acordo com Felipe Dahas, médico veterinário e responsável pela aplicação do questionário nas fazendas visitadas, foi identificado que muitos produtores estão utilizando softwares de controle financeiro, formulação de dieta e gestão, e alguns deles contam até com assessoria de gestão terceirizada.

Ainda segundo ele, também foi observado a automação dos processos, o qual contribui, principalmente, no controle de estoques e insumos de propriedades com grandes estruturas. Ou seja, os proprietários conseguem saber o momento certo para fazer a compra de insumos, o que contribui para uma maior rentabilidade. “No geral os produtores têm utilizado ferramentas para auxiliar na gestão, mas algumas exceções ainda utilizam planilha de Excel”, diz Dahas.

Bem-estar

Em relação ao bem-estar animal, foi observado que o produtor está cada vez mais preocupado com esse fator. Não só os proprietários, mas também as empresas de saúde animal, estão investindo em cursos aos pecuaristas e funcionários das fazendas.

Entre as ações com foco no conforto dos animais, as equipes viram que, independente da estrutura dos confinamentos, os produtores já realizam algumas ações. Entre elas: cobertura do cocho para garantir alimento sempre fresco; aspersão para maior conforto térmico e amenização de poeira; limpeza de barro e dejetos das baias; sistemas de recepção para adaptação dos animais, entre outras.

“Os pecuaristas estão percebendo a importância do bem-estar animal, desde a sombra disponível, limpeza dos bebedouros, limpeza do curral, aspersores, entre outros. O resultado dessas melhorias é o maior rendimento do plantel”, disse Bruno Alvim, médico veterinário da expedição.

Versatilidade do confinamento

A equipe identificou que os pecuaristas que já tinham a engorda fixa, estão utilizando parte da estrutura dos confinamentos para fazerem também a recria. Outros produtores estão utilizando o confinamento para uma categoria que está em alta: as “precocinhas“, que são bezerras que saem aos 8 meses do pé da mãe, são recriadas no confinamento e, aos 13 meses, são desafiadas a emprenhar. As fêmeas que indicam cio são inseminadas e permanecem no sistema intensivo até o diagnóstico de prenhez. Aquelas que emprenham vão para o pasto com suplementação adequada e as outras que não emprenharam continuam no confinamento para engorda até a fase de terminação.

Para Olavo Bottino, médico veterinário e diretor técnico do Confina Brasil, o confinamento está sendo usado, principalmente, para três categorias: recria, reprodução e engorda. Além disso, os pecuaristas cada vez mais estão entendendo que o uso estratégico do confinamento para engordar os animais com uma dieta balanceada e bem direcionada à categoria do animal, gera um alto desempenho, contribuindo na eficiência do projeto como um todo. “Muitos estão deixando os pastos para fazer a cria e a recria, levando a terminação para o confinamento. Isso comprova porque a terminação intensiva nos últimos 10 anos vem crescendo no Brasil”, afirma.

Os trabalhos continuam

Após 60 dias de estrada, as equipes de campo do Confina Brasil retornaram à rotina e estão trabalhando na compilação e análise dos dados coletados junto à equipe de inteligência da Scot Consultoria, para aí sim, apresentar ao mercado um relatório completo e fiel da pecuária intensiva brasileira.

Segundo Silva, a expedição foi concluída com maestria e o Confina Brasil tem tudo para voltar ainda mais forte no ano que vem. “Gostaríamos de agradecer aos produtores que gentilmente abriram as porteiras de suas fazendas e voluntariamente responderam nosso questionário e nos apresentaram seus trabalhos. Agradecemos a cada um dos patrocinadores e apoiadores que acreditaram em nosso projeto e estiveram ao nosso lado durante a expedição. Em 2021 nos vemos de novo e vamos continuar escrevendo mais alguns capítulos da história da pecuária brasileira. Isso é Confina Brasil”, finaliza Silva.

Fonte: Ascom

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