Os preços do boi magro e do milho negociados no Estado de São Paulo registram, atualmente, os maiores patamares nominais das séries históricas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esses dois itens são justamente os que mais pesam sobre o custo de produção do confinador, observam os pesquisadores da entidade com sede em Piracicaba, SP.
“Nesse cenário, os pecuaristas que realizam confinamento precisam estar atentos à sazonalidade de preços do boi magro, bem como a possíveis intensificações das exportações de milho (especialmente diante do dólar elevado), que podem limitar a disponibilidade doméstica e elevar os preços do cereal”, alertam os pesquisadores.
Segundo dados do Cepea, na praça paulista, o boi magro tem sido negociado entre R$ 2.800/cabeça e R$ 2.950/cabeça, enquanto o milho está sendo vendido a R$ 57 e R$ 58/saca de 60 kg na região de Campinas, SP.
Segundo pesquisadores do Cepea, os preços mais altos do boi magro estão atrelados sobretudo à oferta restrita de bezerros ao longo do último semestre e às valorizações do boi gordo, que estimulam pecuaristas a planejar e terminar seus animais no sistema de confinamento.
De acordo com conclusão do Cepea, o ano de 2020 se mostra bastante desafiador para confinadores, “visto que a pandemia do coronavírus tende a prejudicar os comércios doméstico e internacional, além de dificultar as projeções para o período”.