Confinamento aliviou a taxa de lotação da Fazenda Bararuba, em Paranavaí, noroeste do Paraná, e deu inicio a intensificação
Por Renato Villela
A Fazenda Bararuba, localizada no município de Paranavaí, noroeste do Paraná, trilhou um caminho diferente na intensificação. Até 2008, a propriedade se dedicava exclusivamente à atividade de cria, com um plantel de 3.000 animais. Nessa época, o proprietário vendeu outra fazenda e trouxe de lá mais 1.500 cabeças. Como o sistema era bastante extensivo – a taxa de lotação não superava 1 UA/ha –, com a chegada do gado a capacidade de suporte das pastagens se excedeu.
Sem tempo para separar uma área de pastagem para rotacionar, adubar e, desse modo, aumentar a taxa de lotação, a fazenda decidiu fazer um confinamento. “Percebemos que se confinássemos as vacas de descarte conseguiríamos um alívio grande e mais rápido para os pastos durante a seca. Foi nosso primeiro passo na intensificação”, afirma Ricardo Burgi, sócio da Bürgi Consultoria Agropecuária, de Piracicaba, SP, que presta assessoria à propriedade.
No ano seguinte, em 2009, começaram a ser montados os rotacionados destinados à recria de fêmeas para reposição. Foram montados sete módulos, cada qual contendo 12 piquetes cada, em formato de pizza com uma praça de alimentação central. No início foram aplicadas apenas adubações corretivas. Como a braquiária estava bem formada, não foi preciso reformar a pastagem.“Com aplicação de calcário e gesso e o manejo correto do pasto no rotacionado dobramos a capacidade de lotação”, diz Burgi.
A área foi reservada para bezerras recém-desmamadas e novilhas com 20-22 meses, próximas a entrarem na estação de monta. Os machos eram todos vendidos na desmama. Depois que a equipe aprendeu a manejar os animais no rotacionado é que teve início a adubação nitrogenada (de produção), primeiramente em dois módulos que estavam melhor localizados de modo a facilitar a operação.