Consumo doméstico comedido e exportações calmas em fevereiro não têm força de pressão sobre o boi gordo

Scot e IHS Markit assinalam que a indústria frigorífica segue abatendo o que encontra, a passo lento

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Nesta quarta-feira (10/2), o mercado físico do boi gordo manteve a tendência dos primeiros dias da semana, com baixo volume de negociações envolvendo lotes de animais prontos para abater, em linha com o quadro de escassez de oferta, dominante desde o mês de janeiro, informa a IHS Markit.

Segundo a Scot Consultoria, nem mesmo o cenário de exportações desaceleradas na primeira semana do mês e o consumo doméstico comedido têm sido suficientes para pressionar a arroba do boi gordo. Tal condição, diz a consultoria, deve-se ao ambiente de oferta limitada de gado terminado e a melhor capacidade de suporte das pastagens, o que permite o pecuarista trabalhar a venda de lotes prontos com maior segurança.


Na avaliação da IHS, ainda se nota uma parcela significativa de indústrias sentindo a pressão de alta no mercado do boi gordo, uma vez que ocorrem diversos casos de existência de unidades de abate que estão operando com elevado grau de ociosidade ao mesmo tempo que as escalas de abate de muitas raramente se estendem para além de três a quatro dias úteis.

Por outro lado, continua a IHS, a ponta compradora procura, dentro do possível, ser bem cautelosa nos negócios, para evitar possíveis prejuízos decorrentes de desgastes das margens gerada pela inconsistência das vendas de carne bovina no mercado, que estão enfraquecidas sobretudo pelo baixo poder aquisitivo da população.

Neste contexto, observa a IHS Markit, nesta semana, as oscilações de preços da arroba foram mais esparsas e com menor intensidade, sobretudo se comparadas aos movimentos registrados nas semanas anteriores. Tal conjuntura resulta em estabilidade nos preços do boi gordo na maioria das regiões de pecuária.

Levantamento diário da Scot Consultoria mostra negócios com boi gordo em São Paulo da ordem de R$ 300/@, preço bruto e à vista. A vaca gorda é negociada em R$283/@, enquanto a novilha gorda está apregoada em R$ 293/@.

Giro pelas praças

Entre as principais praças de comercialização do boi gordo, houve espaço para novos avanços nos preços da arroba no Rio Grande do Sul. No Estado, apurou a IHS,  o movimento de valorização do boi ganha força em meio a dificuldade enfrentada pelas indústrias frigoríficas na composição de suas escalas de abate, que são de apenas dois dias úteis. A habilitação de novas plantas para atender outros mercados consumidores, como EUA, também colabora para manter a demanda mais firme no RS.

No Norte, o preço da arroba se mostrou aparentemente mais fraco no Pará, onde boa parte dos frigoríficos locais conseguiu preencher as suas programações de abate até o final do mês, depois das sucessivas altas acumuladas nos preços da arroba, informa a IHS.

Nas demais praças brasileiras, ainda há muita morosidade de negócios. A ponta compradora procura resistir à especulação altista gerada pela oferta restrita, cadenciado as compras, enfatiza a consultoria. No entanto, ainda não há espaço para baixas consideráveis nos preços da arroba, embora o fraco desempenho das exportações em fevereiro e o baixo consumo doméstico atuem como um limitador no mercado físico de boiada gorda, observa a IHS.

Estabilidade também no ataco

O mercado atacadista brasileiro seguiu com preços estáveis nesta quarta-feira para os principais cortes bovinos. O fluxo inconsistente das vendas da proteína bovina não permite um movimento de alta, mas a ausência de grandes ofertas da mercadoria nas câmaras frias serve como suporte a manutenção dos preços, relata a IHS.

A alta nos preços das carnes concorrentes, em função dos elevados custos com nutrição animal, eleva a expectativa do setor quanto a um ritmo mais regular na reposição entre atacado e varejo, sobretudo neste próximo final de semana, acrescenta a consultoria.

Cotações desta quarta-feira (10/2), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 301/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 289/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 289/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 277/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca R$ 281/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 274/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 2852/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 276@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 274/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 273/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

 

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