O valor da carcaça casada bovina continua perdendo força. O movimento tem sido influenciado pela preocupação da indústria em relação à maior dificuldade de escoamento da carne bovina no mercado interno brasileiro, registrada neste início de ano.
“A indústria frigorífica segue limitando o fluxo de suas aquisições de gado, visto que as vendas no atacado estão cada vez mais lentas, e os preços estão consideravelmente fragilizados”, relata a Informa Economics FNP.
Na avaliação da consultoria paulista, o baixo poder aquisitivo da população, em função dos compromissos financeiros de começo de ano ( IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, entre outros custos), segue impactando a dinâmica do consumo de carne bovina. O resultado é que o mercado consumidor procura por cortes bovinos menos nobres e proteínas concorrentes mais baratas. Como o frango e ovos, por exemplo.
O boi casado encerrou a última semana com valor médio de R$ 13,53/@ no atacado de São Paulo, com retração de 1,24% ante a semana anterior, de acordo com dados da Agrifatto. Na comparação mensal, acumula queda de 7,46% em janeiro.
Por sua vez, o valor do frango resfriado se mantém firme no atacado paulista, fechando a última semana cotado em R$ 4,95/kg. A proteína acumula alta mensal de 1,96% em janeiro, informa a Agrifatto.
A carcaça especial suína também permaneceu praticamente estável na última semana, sendo cotada a R$ 9,98/kg no atacado paulista, baixa de apenas 0,75%. Nos últimos 30 dias, acumula alta de 6,12%.
O spread da indústria frigorífica (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo) encerrou a última semana em 4,94%, segundo a Agrifatto.