O novo coronavírus começa a se espalhar mais rapidamente pelas áreas rurais dos Estados Unidos, o coração da produção de alimentos do país. Tal situação tem obrigado a paralisação temporária de algumas unidades de carnes das principais indústrias do setor nos EUA.
Na última terça-feira, 7 de abril, a norte-americana Cargill decidiu fechar (sem anunciar prazo para reabertura) uma fábrica de carne nos EUA, interrompendo o fornecimento de alimentos para supermercados que sofreram aumento de demanda enquanto o país luta contra o novo coronavírus, informou a agência Reuters.
Na segunda-feira, 6 de abril, a também norte-americana Tyson Foods anunciou a paralisação de uma unidade de suínos em Iowa, depois que mais de duas dúzias de trabalhadores deram positivo para a COVID-19. Antes disso, a filia da brasileira JBS nos EUA também anunciou a suspenção das operações em uma fábrica de carne bovina na Pensilvânia, depois que vários gerentes mostraram sintomas da doença mortal.
Segundo informa a Reuters, a instalação da Cargill em Hazleton, Pensilvânia, produz carne para clientes de alimentos no varejo. Os produtos incluem carne moída, bifes, assados de carne e suínos vendidos em supermercados de todo o país. “Nosso objetivo é manter saudáveis nossos 900 funcionários nesta instalação e minimizar os riscos na comunidade de Hazleton, que foi bastante impactada pelo COVID-19”, disse a Cargill. “Nossas instalações serão reabertas assim que for seguro fazê-lo”, acrescentou a empresa, em comunicado.
A Cargill, de capital fechado, disse que está trabalhando com clientes, agricultores e funcionários “para manter o sistema alimentar funcionando”.