Criadores de raças taurinas querem mais precisão na análise dos rebanhos

Técnicos e pecuaristas ligados ao Promebo, o principal programa dessas raças, vão em buscam saídas para não dependerem tanto “do olho” do avaliador

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Priorizando critérios objetivos que garantam mais precisão do que as análises visuais dos animais, o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), coordenado pela Associação Nacional de Criadores Herd Book Collares (ANC), pretende entrar em nova fase voltada à avaliação dos rebanhos taurinos. Implementadas em 2020 e detalhadas em live na noite desta segunda-feira (31/8), as mudanças dão mais peso a critérios que podem ser quantificados em detrimento daqueles que dependem “do olho” do avaliador.


O encontro foi promovido pela ANC e Embrapa, e marcou a abertura do Seminário Virtual Promebo 2020, que segue até dia 9 de setembro com lives sempre às 19h pelas redes sociais da ANC e Promebo. Nesta terça-feira (1/9), a agenda continua com o Dia do Devon e amanhã (2/9) é a vez do Charolês. Na quinta-feira (3/9), o debate será sobre a raça Brangus e, no dia 8/9 sobre a Angus. A agenda termina no dia 9/9 com live das raças Hereford e Braford.

Segundo Fernando Cardoso, consultor do Promebo e chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul, as mudanças visam reduzir discrepâncias em avaliações visuais, dando peso menor a esses escores na composição dos índices finais. Um exemplo foi o ajuste feito na análise da precocidade dos reprodutores. Diferente do passado, quando a capacidade de deposição de gordura era estimada exclusivamente de forma visual pelos técnicos, agora, ganham maior ênfase os dados provenientes da medição da espessura de gordura subcutânea feita por exame de ultrassonografia.

Outra novidade do Promebo 2020 está em um olhar mais amplo para o melhoramento não apenas dos touros, mas também das matrizes, o que permite uma avaliação macro do criatório.

“Não fazemos melhoramento genético só para produzir touros dupla marca, mas para conhecer o rebanho com o qual a gente trabalha. Esse é o fundamento do Promebo”, diz médico veterinário Flávio Alves, presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ANC.

Segundo ele, a nova obrigatoriedade de avaliação das fêmeas vem para que o criador possa conhecer melhor as mães de seu plantel. “Temos que ter o rebanho na mão. Só assim, conseguiremos descartar os exemplares menos produtivos e que geram animais com desempenho negativo e têm custo igual ao dos melhoradores.”

De acordo com Alves, o processo também inclui reciclagem de técnicos e avaliadores de forma a equilibrar o padrão de análises visuais. “As raças têm que buscar o melhor animal, e ele nem sempre é o mais belo. Antigamente, exemplares com belo fenótipo iam para centrais congelar sêmen. Hoje, um touro só vai difundir sua genética se tiver genótipo. É juntando fenótipo e genótipo que chegamos ao animal ideal que é necessário para as diferentes regiões do Brasil”.

A posição foi reforçada pela pesquisadora da Embrapa, Bruna Sollero. Ela salienta que a instituição, juntamente com a ANC, busca ofertar gráficos que facilitem a interpretação dos dados dos Sumários de Touros por parte dos criadores, que teve suas quatro versões lançadas oficialmente durante a live (Angus + Brangus + Hereford e Braford + Charolês e Devon). “Agora, podemos ter avaliação de desempenho das safras, com dados dos touros e ventres. Conhecemos também as vacas líderes, essenciais para que se possa reportar as informações de um rebanho todo”.

Ignacio Tellechea, presidente da ANC. Foto: divulgação

A sintonia fina no Promebo é uma reflexão aprofundada que integrou pesquisadores, técnicos e criadores. O presidente da ANC, Ignacio Tellechea, disse que em outubro  haverá novidades. E deu uma dica. O anúncio das DEPs enriquecidas por dados genômicos deve colocar a seleção das raças europeias em um novo patamar. Além da genômica das raças Hereford e Braford, Tellechea citou o início das análises dos rebanhos Angus e Brangus. “É uma grande vitória do Promebo porque traz informações sobre comprimento de pelame e resistência ao carrapato, dois aspectos muito importantes para que raças britânicas avancem Brasil acima”.

No segundo mandato à frente da ANC, Tellechea também informou que a meta é reduzir o custo do processo de registro dos animais. Para isso, explicou que o novo sistema operacional, em fase final de implementação, irá permitir crescimento exponencial da base de dados sem adicional de custo fixo. “O novo software simplifica o registro, e a tendência é que barateie o custo operacional de todo o processo”.  Tellechea lembrou que os custos de emolumentos cobrados hoje são os mesmos de agosto de 2014. Fonte: Ascom

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