A cura de umbigo está entre os primeiros cuidados a serem com os bezerros recém-nascidos. O procedimento previne infecções umbilicais, como onfalites e poliartrites, conhecidas popularmente como “umbiqueira” ou “junta inchada”.
Estudos mostram que complicações decorrentes da cura inadequada do umbigo refletem na balança. Mesmo recuperados, esses bezerros desmamam até 1 @ mais leves e, por isso, não conseguem acompanhar o desempenho dos contemporâneos, se tornando o “fundo” do lote
• Prepare a solução de iodo + ácido pícrico e guarde num recipiente fechado e protegido da luz. O ácido pícrico é extremamente amargo e evita que a vaca lamba o umbigo da cria, comportamento instintivo, mas que pode provocar lesões por tração do cordão umbilical.
• Redistribua essa solução em frascos menores e entregue para os vaqueiros devidamente treinados, que serão responsáveis pela cura do umbigo dos bezerros na maternidade.
• O corte do umbigo deve ser evitado. Somente deverá ser feito se o cordão umbilical for muito longo, a ponto de tocar o chão com o bezerro de pé. Nesse caso, corte com uma tesoura limpa e desinfetada a 5 cm (dois dedos) da base de sua inserção.
• Não use a mesma solução de iodo várias vezes, porque ela perde a eficácia. Dê preferência a frascos do tipo “sem retorno de líquido”.
• Para evitar a formação de miíases (bicheiras) recomenda-se a aplicação de endectocida à base de doramectina, devido à sua rápida ação.
A identificação dos animais permite o monitoramento de informações acerca do sistema produtivo, como ganho de peso, reprodução e mortalidade, assim como sobre o uso de medicamentos (vacina, endectocidas, vermífugos etc).
A identificação é composta, geralmente, pela combinação de letras, números ou de ambos. Existem diferentes modelos, como a tatuagem.
Tatuagem
Método de identificação permanente e de fácil realização. Sua maior dificuldade está na visualização do código, que requer a contenção do animal para que a leitura seja feita de forma precisa.
Em geral, a tatuagem é feita nos primeiros dias de vida do bezerro. Para que seja feita de forma eficaz, alguns cuidados precisam ser tomados.
• Antes de começar o manejo, certifique-se de que o alicate de tatuagem está em boas condições de uso. Os códigos de identificação devem estar limpos, sem ferrugem e sem agulhas quebradas ou tortas.
• A tinta (ou pasta de tatuagem) deve estar em boas condições para fazer as tatuagens e ser suficiente para todo o trabalho.
• Não improvise! Use apenas tintas próprias para tatuagem e de boa qualidade.
• O tamanho dos aplicadores deve ser compatível com o tamanho das orelhas dos animais.
• Antes de tatuar a orelha do animal, faça um teste numa folha de papel para se certificar de que os códigos estão corretos e legíveis.
• A posição ideal para a tatuagem é entre as duas nervuras principais, no centro da orelha. No entanto, se forem utilizados brincos como segunda forma de identificação, a tatuagem deve ser feita acima da nervura superior ou abaixo da inferior, escolhendo a área menos irrigada e com menos pelos.
• Limpe o local a ser tatuado, pois a cera presente na cartilagem prejudica a qualidade da tatuagem. Utilize, de preferência, um pano macio com álcool. Se não for possível, limpe a área a ser tatuada com os dedos.
• Após limpar o local da orelha, passe a tinta ou pasta de tatuagem de forma a cobrir uma área um pouco maior que o tamanho do código a ser tatuado. Assim a tinta preencherá todos os furos, garantindo uma boa identificação.
• Evite passar a tinta somente depois de ter furado a orelha do animal, pois o sangue que sai dos furos pode prejudicar a identificação.
• Posicione as agulhas do tatuador sobre a área coberta de tinta e aperte, de modo que as agulhas perfurem a orelha. Abra o alicate com cuidado para não comprometer a tatuagem com arranhões ou rasgos.
• Após retirar o alicate, passe a tinta novamente sobre a tatuagem. Use o dedo ou uma escova macia para espalhar a tinta sobre o local tatuado, fazendo com que os furos fiquem cheios de tinta.
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