Em entrevista ao vivo ao Portal DBO nesta quarta-feira, 20, o vice-presidente executivo do Sindan – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, Emílio Salani, disse considerar inevitável a reavaliação do cronograma para a retirada da vacinação contra a aftosa. Segundo ele, já houve, inclusive, uma sinalização neste sentido por parte do secretário de Defesa, Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Geraldo Moraes, feita no fim de semana, de que o Pnefa deverá ser revisto.
Na entrevista a Vera Ondei e Renato Villela, Salani afirmou que só depois de passada essa fase mais crítica da pandemia será possível fazer uma análise mais criteriosa para se ter clareza dos impactos e definir em quais áreas e por quanto tempo haverá essa prorrogação.
O vice-presidente do Sindan também considerou fora de cogitação o cumprimento da etapa inicialmente prevista para maio do ano que vem, de suspensão da vacinação nos 11 Estados do Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste, que concentram a maior parte do rebanho bovino.
Salani afirmou que o Sindan, como entidade das indústrias produtoras de vacinas, tem dificuldade de falar sobre alteração do cronograma, pois jamais quer ser interpretado como atravancador do progresso, mas alertou que, com a grande demanda de proteína que o mundo tem, o produtor tem que se perguntar se este é o momento de se tomar risco e suspender a vacinação.
“Nós do Sindan fomos, somos e sempre seremos a favor de buscar o status de livre de aftosa sem vacinação. Entretanto, não podemos nos furtar à nossa responsabilidade como imunologistas, produtores de vacinas, médicos veterinários, brasileiros, de alertar que esse é o momento para se repensar, analisar e realmente colocar na balança quais são os ganhos e os riscos dessa continuidade do cronograma.”
Veja a entrevista na íntegra.