Apresentam a série

Manejo Eficiente

Controle de Moscas - Fascículo 3

O retorno das chuvas e o aumento gradativo das temperaturas favorecem a recuperação das pastagens, para alívio dos produtores. Ao mesmo tempo também trazem de volta velhos inimigos, como a Mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) e a Mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans), cada vez mais presente nos rebanhos. Para combater esses insetos hematófagos, que incomodam os animais e prejudicam o desempenho, é preciso agir corretamente. Saiba como no terceiro fascículo do projeto Manejo Eficiente, parceria entre a DBO e a Elanco.

Mosca-dos-chifres

Vida de inseto¹

• Tanto o macho como a fêmea são insetos hematófagos, permanecendo 24 horas em cima do animal em sua posição característica, com a cabeça voltada para baixo, preferencialmente no dorso.
• Picam o animal mais de 30 vezes ao dia e a
qualquer hora.
• As fêmeas fazem sua postura nas fezes frescas dos bovinos.
• Durante sua vida reprodutiva, uma fêmea coloca entre 100 a 200 ovos.

O custo da picada²

• Estudos indicam que a praga pode comprometer o desempenho animal de modo significativo, com redução de até 100g no ganho de peso diário.
• Considerando o período de alta infestação, de novembro a abril (180 dias), as perdas podem ultrapassar uma arroba de peso vivo.
• Estimativas dão conta de perdas anuais ao redor de US$ 2,56 bilhões

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Referências:
1. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/24807/1/Cot302-mosca-dos-chifres.pdf
2. https://portaldbo.com.br/como-fazer-o-controle-eficaz-da-mosca-dos-chifres / https://prodap.com.br/pt/blog/controle-estrategico-parasitario-bovinos

Quando tratar

Há dois tipos de tratamentos preconizados: o tático e o estratégico.

Tático: reservado para situações excepcionais, com altas infestações que fugiram ao controle. Embora a literatura diga que se enquadram nesse patamar populações acima de 200 moscas/animal, a decisão de tratamento deve ser tomada levando-se em conta o comportamento do animal, ou seja, o nível de inquietação do rebanho.

Estratégico: calcado no planejamento, preconiza duas aplicações anuais. No início e no fim da estação chuvosa (novembro/dezembro e março/abril), períodos normalmente de picos de infestação. Na região sul, o segundo pico ocorre mais cedo, em fevereiro/março.

Que produto usar

Existem mais de 100 produtos registrados para o controle dessa praga. Essa gama de produtos, no entanto, não se traduz em variedade ampla de opções. Existem somente quatro “famílias” ou “classes” com ação mosquicida: piretroides, organofosforados, lactonas macrocíclicas e fenilpirazóis.

atencao1

A resistência é um problema cada vez mais comum no combate da mosca-dos-chifres. Portanto:

• Avalie a eficácia do mosquicida. Após a aplicação, acabou a infestação ou a mosca permanece no gado? A infestação demorou a voltar ou poucos dias depois os animais estavam novamente incomodados?

• Alterne a cada ano o
princípio ativo e a família do inseticida.

Mosca-dos-estábulos

A Mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) sempre esteve presente nas propriedades rurais, mas sua proliferação nos rebanhos aumentou nas últimas duas décadas, associada às usinas de cana-de-açúcar. Com a proibição gradativa da queima dos canaviais, a palhada permaneceu no solo.
Ao mesmo tempo, o sistema de produção da cultura canavieira incorporou a vinhaça, que passou a ser utilizada na fertirrigação. A combinação entre palhada (matéria orgânica) e vinhaça (umidade) criou um ambiente propício para o desenvolvimento do inseto.

Picada dolorida

Ao contrário da Mosca-dos-chifres, a mosca-dos-estábulos prefere as patas e a região ventral, locais onde a vassoura da cauda não alcança. Pica o animal três/quatro vezes ao dia. Tem aparelho bucal picador prolongado.

A picada é dolorosa e gera muito estresse. Os animais atacados se reúnem, ficam rodando em círculos, embolados; esfregam-se uns nos outros para tentar diminuir as áreas de exposição e, assim, se proteger das picadas.

Prejuízos¹

Monitoramento e controle

A principal medida de controle da Mosca-dos-estábulos é descobrir o foco de criação e agir sobre ele. Como a praga depende de matéria orgânica e umidade para se multiplicar, a solução do problema depende da união de esforços e cooperação.

Tanto o produtor quanto as usinas devem tomar precauções necessárias para evitar surtos da Mosca-dos-estábulos.

O que fazer²

Tarefa do produtor

• As ações preventivas devem se concentrar nos meses mais chuvosos do ano, quando ocorre a entressafra da cana-de-açúcar e a população das moscas se mantém nas fazendas.
• O combate pode ser feito com a aplicação de larvicida nos pontos de proliferação da mosca, onde haja acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como, por exemplo, o entorno de cochos e bordas de silo.

Tarefa da usina

• Monitorar a quantidade de moscas. Com essa informação, as usinas podem adotar técnicas de manejo da palhada e do solo, com o objetivo de reduzir a acúmulo excessivo de umidade, que favorece a multiplicação do inseto.
• A Embrapa já desenvolveu diferentes mecanismos para monitoramento, manejo preventivo e controle do inseto. Veja no endereço www.portadbo.com.br/elanco as recomendações para controle da praga.

Referências:
1.  https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/952358/situacao-epidemiologica-de-stomoxys-calcitrans-nas-proximidades-de-usinas-sucroalcooleiras-em-mato-grosso-do-sul
2.  https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/2649716/artigo-surtos-da-mosca-dos-estabulos-proximos-a-usinas-de-cana-de-acucar
https://www.scielo.br/j/pvb/a/kDFQ36SgmGtyyskTVkbGJKB/?lang=pt

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