Boi brasileiro evoluiu em peso, mas não morre gordo, pois falta acabamento de carcaça. Nos falta um modelo de produção.
Por Danilo Grandini – Zootecnista, com pós-graduacão em análise econômica, e diretor de marketing da Phibro para o Hemisfério Sul (Austrália, África do Sul, Argentina e Brasil).
Difícil fazer elogios ao momento que estamos passando, apesar disso, me parece que a infindável lista de limitações está nos fazendo melhores comunicadores e, principalmente, bons ouvintes. A quantidade de lives, cursos, debates on-line e grupos de whatsapp, seja pela qualidade ou relevância, é simplesmente fantástica. Mesmo os mais resistentes à internet estão se virando como podem e vencendo a barreira do medo para ter acesso às ferramentas virtuais.
O que mais chama a atenção é que o setor, sem perceber, passou a trocar mais e melhores informações, ou seja, chegamos ao nível de detalhes (frigorifico, consultor, nutrição, genética, equipamentos) muito importantes para a promoção de um melhor debate e principalmente para ajudar a cadeia (todos nós) a errar menos.
Neste contexto, fiz uma participação em dois eventos no mês de maio: um para um treinamento/debate sobre estresse calórico junto a uma importante empresa de nutrição animal de Rondônia, e outro, sobre o sistema de terminação intensiva a pasto, no qual participei, com muita satisfação, ao lado dos colegas Fábio Dias (JBS) e Rogério Coan (Coan Consultoria). Sobre este último evento, ouvi com muita atenção a ambos, mas principalmente o que Fábio relatava sobre os abates, números e informações preciosas sobre a qualidade das carcaças produzidas, tanto que revi esta apresentação no You Tube por três vezes. Duas informações me chamaram atenção e ajudaram em um diagnóstico no qual, há muito, penso.