Os remates de gado de corte tiveram pista aquecida nos primeiros meses do ano no Sudoeste do Paraná. De acordo com o leiloeiro Cândido Scholl, da Pampa Remates, a procura tem sido aquecida por terneiros cruzados e a oferta não tem sido suficiente para abastecer a demanda regional.
“Os pecuaristas estão otimistas em relação a cotação da arroba e estão investindo pesado na reposição. A pressão de compra está muito grande e os preços em nossos remates subiram de 8% a 10%”, destacou.
De animais à desmama a boi magro, o leiloeiro afirma que todas as categorias de macho têm vendido “como água”. Inclusive, até mesmo pecuaristas que ainda não possuem pasto disponível já têm se movimentado para tentar garantir a reposição do rebanho, após a colheita de grãos. “Esses produtores têm acompanhado o mercado de perto e estão com receio de ficar sem animais para recria e engorda nos próximos meses”, acrescentou.
Em relação às fêmeas, Scholl destaca que o mercado tem demonstrado demanda aquecida apenas por terneiras, deixando as novilhas e vacas em segundo plano. “As novilhas e vacas seguem com boa liquidez e com preços razoavelmente bons, mas, a maior demanda, sem dúvidas, é por exemplares mais jovens”, diz, Cândido Scholl.
Entre janeiro e fevereiro, a Pampa Remates já realizou seis leilões no Sudoeste do Paraná e em Santa Catarina, onde estima ter comercializado 3.100 animais, entre exemplares anelorados e oriundos de cruzamentos com as raças Charolês, Tabapuã, Angus e Hereford.
No Paraná, os remates aconteceram em Dois Vizinhos, Pato Branco, Francisco Beltrão e Chopinzinho. Nos machos, o destaque foi a média de R$ 1.615, no leilão em Dois Vizinhos, no dia 20 de janeiro. Já nas fêmeas, as maiores cotações foram registradas em Pato Branco, no dia 27 de janeiro, onde as novilhas saíram a R$ 1.570 e as vacas a R$ 2.280.
Já em Santa Catarina, os remates ocorrem em Água Doce e São Miguel do Oeste. A promoção de destaque foi o Remate do Grupo AEME, no dia 9 de fevereiro, que registrou médias de R$ 2.210 para terneiros; R$ 2.072 para terneiras; e de R$ 2.868 para novilhas.