As demandas internacional e doméstica pela carne de frango seguem firmes, segundo monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Do lado da oferta, pesquisadores indicam que o setor vem operando com produção controlada há alguns meses.
Esse contexto tem elevado os preços da carne e, consequentemente, do animal vivo, que, neste caso, atingem os maiores patamares nominais da série histórica do Cepea em algumas regiões.
Conforme o centro de estudos da Usp, de 9 a 16 de setembro o frango inteiro congelado se valorizou 2% na Grande São Paulo, negociado na quinta-feira, 16, na média de R$ 5,60 o quilo. Para o produto resfriado na mesma região, a alta no preço foi de 5,8%, comercializado a R$ 5,76/kg.
Em Pará de Minas (MG), o frango inteiro congelado foi negociado a R$ 5,59/kg na quarta-feira, com alta de 3,5% em sete dias, e o resfriado, a R$ 5,66/kg, valorização de 3,7%.
Em relação aos cortes de miúdos comercializados na Grande São Paulo, enquanto a asa teve leve recuo nos preços, os demais produtos acompanhados pelo Cepea se valorizaram no período. A asa de frango resfriada se desvalorizou 0,5%, negociada, em média, a R$ 11,69/kg na quarta-feira.
Já o peito resfriado registrou, no período, a maior alta dentre os principais cortes comercializados, de 11,2%, a R$ 6,26/kg na quarta-feira. Para o frango vivo, na média das regiões de São Paulo, a elevação no preço foi de 3,9% no período, a R$ 4,06/kg na quarta-feira, maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2004.
Exportações
Segundo relatório parcial da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o Brasil exportou, em média, 17,3 mil toneladas por dia de carne de frango in natura nos oito primeiros dias úteis de setembro, sendo 6,7% acima da média observada em agosto e ainda a segunda maior de 2020 – atrás somente da de fevereiro.