Depender da soja brasileira é o mesmo que apoiar desmatamento da Amazônia, afirma Macron

Em sua rede social, o presidente da França, Emmanuel Macron, faz críticas ao agronegócio e brasileiros reagem

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 O presidente da França, Emmanuel Macron, fez duras críticas ao desmatamento da Amazônia. Em sua conta oficial no Twitter, ele citou especificamente a soja brasileira e relacionou o grão com desajustes ambientais. “Continuar dependendo da soja brasileira seria endossar o desmatamento da Amazônia. Somos consistentes com as nossas ambições ecológicas, lutamos para produzir soja na Europa!“, afirmou Macron.
 
A publicação na rede social está acompanhada de um vídeo em que ele fala a repórteres.  A declaração de Macron foi dada no momento em que a União Europeia e o Mercosul negociam um acordo comercial que já dura 20 anos.
 
Mas a relação do presidente francês com o Brasil têm sido de confronto, mesmo após a assinatura do acordo, realizada entre os blocos no dia 28 de junho do ano passado.  No mês de setembro, por exemplo, um estudo encomendado por seu governo, aponta que o acordo representa uma ameaça ambiental. A conclusão vai ao encontro de parte das autoridades europeias que credita ao Brasil um fraco trabalho de proteção ambiental.  
 
No vídeo, Macron fala em “não depender mais” da soja brasileira, e produzi-la no continente. A reação de brasileiros não demorou. Dezenas de postagens foram realizadas nesta tarde.
 
Entre elas está a manifestação da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A entidade postou a seguinte mensagem: “O presidente Macron não estar bem informado sobre a soja brasileira. A soja produzida no Bioma Amazônia, no Brasil, está livre de desmatamento desde 2008, graças à Moratória da Soja, iniciativa internacionalmente reconhecida, que monitora, identifica e bloqueia a aquisição de soja produzida em área desmatada no bioma, garantindo que existe risco zero do envio de soja de área desmatada (legal ou ilegal) deste bioma para mercados internacionais”. Em outra mensagem, a entidade continua: “portanto, ele não deve justificar sua decisão de subsidiar os agricultores franceses para a produção de soja por razões ambientais. Ele deve deixar claro, para a opinião pública, que sua decisão é protecionismo envolto em argumentos verdes”.
 
Em nota, a Abiove afirma “lamentar que o presidente da França, Emmanuel Macron, busque justificar sua decisão de subsidiar os agricultores franceses atacando a soja brasileira”. 
 
O professor Marcos Fava Neves, titular do Departamento de Administração da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), também se manifestou na rede do presidente francês.
 
O presidente Macron deve atuar com mais responsabilidade, evitando prejudicar a imagem de pessoas trabalhadoras que produzem alimentos de forma sustentável para alimentar parte do mundo. Se eu puder dar uma recomendação simples, ele deveria parar de tocar para o seu público, usando a reputação de outras pessoas. Caso precise de mais informações sobre como são produzidos os alimentos no Brasil, estamos à disposição para fornecer.”
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