Enquanto o setor pecuário da Austrália ainda tenta se recuperar da tragédia das fortes inundações em fevereiro, que mataram pelo menos meio milhão de bovinos na região nordeste de Queensland, o país da Oceania vive uma onda de protestos de radicais veganos.
Nos últimos dias, consumidores australianos amantes das carnes tomaram as mídias sociais em uma demonstração de apoio aos produtores, já que, segundo informa o portal Central do Beef, os ativistas interromperam o tráfego na cidade, acorrentaram-se a equipamentos de abate bovino e cortaram cercas de gado, em uma série de manifestações coordenadas no leste da Austrália.
O vice-primeiro ministro e Líder Nacional, Michael McCormack, resumiu o ato dos ativistas que invadiram propriedades como “uma vergonha”. “Essas pessoas são loucas. Eles simplesmente não entendem o fato de que os nossos produtores trabalham de uma maneira consciente, respeitando o meio ambiente e os padrões de bem-estar animal”, disse.
Segundo McCormack, os manifestantes devem ser presos imediatamente, pois estão quebrando a Lei de Privacidade. “Todo australiano tem o direito de apresentar seu ponto de vista, mas não tem o direito de impor o seu ponto de vista invadindo a privacidade de outro australiano”. McCormack disse que as invasões também trazem possíveis riscos de biossegurança.
Efeito oposto
Os protestos dos ativistas veganos desencadearam uma onda de comentários de apoio aos fazendeiros australianos. Um tema comum nas postagens nas mídias sociais era que as ações dos radicais apenas encorajariam ainda mais pessoas a comer carne.