Mercado do boi gordo anda de lado
A queda de braço entre pecuaristas e frigoríficos pelo melhor preço da matéria-prima, por enquanto, não aponta vencedores.
Os produtores seguram a boiada, insatisfeitos com o preço ofertado pela indústria. Por sua vez, os frigoríficos postergam as compras, na expectativa de pressionar a venda da matéria-prima pelas cotações sugeridas.
Diante deste contexto, os negócios no mercado do boi gordo seguem travados, com baixa liquidez.
“Os pecuaristas vendem apenas o necessário”, informa a consultoria Agrifatto, acrescentando que parte dos animais é retida na fazenda, à espera de correções nas cotações da arroba.
Ontem, dia 11 de junho, o indicador Esalq/B3/Cepea ficou em R$ 145,95/@, à vista, praça paulista, praticamente estável em relação ao dia anterior.
FCStone vê um mercado do boi sem liquidez
O mercado boi gordo opera com estabilidade, influenciado pelo baixo nível de comercialização no mercado spot, uma vez que espera-se por uma declaração oficial da China quanto a retomada das exportações de carne bovina para o pais asiático, informa boletim desta quarta-feira da INTL FCStone, de Campinas, SP.
“O cenário é de um mercado travado; diversas indústrias vêm optando por ficar fora das compras ou até mesmo entrar em período de férias coletivas”, afirma Caio Toledo, consultor em gerenciamento de riscos da consultoria.
Segundo o analista, o consumo doméstico de carne bovina segue fragilizado, “mesmo estando em um período de recebimento de salários”.