Indicador do boi gordo volta a subir em São Paulo
Depois de abrir a semana em queda, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (Estado de São Paulo, valor à vista) reverteu a tendência e registrou alta diária de 2% na terça-feira, fechando a R$ 151,60, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
No acumulado deste ano, porém, o indicador apresenta desvalorização de 1,1% na comparação com o valor de 31 de janeiro, de R$ 153,30. Em relação ao preço de um mês atrás, o preço do boi na praça paulista apresenta estabilidade.
Na avaliação da Informa Economics FNP, de São Paulo, a menor oferta de animais prontos para abate e os ganhos acumulados nos valores da carne negociada no mercado atacadista oferecera suporte aos preços da arroba. “Paralelamente, as exportações da carne em ritmo superior a igual período do ano passado têm mantido as cotações do boi gordo firmes”, informou o último boletim da FNP, divulgado na tarde de ontem.
Indicador Bezerro em baixa no MS
O Indicador Bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal Nelore, de 8 a 12 meses) fechou a terça-feira cotado a R$ 1.211,90, no Mato Grosso do Sul, o que representou queda diária de 1% em relação ao valor de encerramento de segunda-feira (R$ 1.224,12), segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).
Na comparação com o preço registrado há um mês, o recuo também foi de 1%. O mesmo percentual de queda é observado quando se compara o preço atual ao valor verificado no último dia útil de 2018 (R$ 1.225,47).
Relação de troca piora para recriadores do Pará
No Pará, a menor disponibilidade de animais de reposição, principalmente os mais jovens, diminuiu o fluxo de negócios nas últimas semanas, informa a Scot Consultoria. Para quem tem animais disponíveis para comercialização, é comum observar ofertas de preços acima das referências, fato que pressiona as cotações para cima.
Com isso, relata a Scot, o poder de compra do recriador e invernista do Estado diminuiu, visto que a arroba do boi gordo não se valorizou na mesma intensidade. Há seis meses, com a venda de um boi gordo com 16,5@ comprava-se 1,9 bezerro de 12 meses (7,5@). Hoje, com essa mesma relação, compra-se 1,7 bezerro.
Maior transparência na cadeia de carnes
A BRF S.A., responsável pelas marcas Sadia, Perdigão, entre outras, iniciou uma campanha de recall que visa recolher 164,7 toneladas de frango in natura que foram destinados ao mercado brasileiro e outras 299,6 toneladas do mesmo produto enviadas ao exterior, informa reportagem desta quarta-feira publicada no jornal Valor Econômico. Nesses lotes, produzidos na unidade de Dourados, MS), foi detectada a presença da bactéria salmonela.
A medida da empresa brasileira é apoiada por uma ampla campanha publicitária e representa um exemplo a ser seguido pela indústria de carnes, incluindo os frigoríficos especializados em abates de bovinos. Trata-se de uma maneira de fortalecimento da credibilidade do setor depois de graves problemas registrados nos últimos tempos envolvendo a cadeia de carnes, a relembrar: Operação Carne Fraca, da Política Federal (PF); bloqueio à entrada de carne bovina in natura aos EUA após registro de abcessos provocados pela vacina contra febre aftosa; e a Operação Trapaça, também da PF, essa com envolvimento direto de ex-funcionários da BRF, acusados de burlar os testes de salmonela.