Spread da indústria volta a operar no campo positivo
As altas de preços da carne bovina permitiram a volta do spread da indústria ao campo positivo, informa relatório da Agrifatto na manhã desta quarta-feira.
O spread é a diferença entre o preço da carne no atacado e o valor pago pelo frigorífico na arroba do boi gordo.
A carcaça casada bovina avançou 1,47% no comparativo semanal e está cotada em R$ 10,67/kg. Dessa maneira, o spread, que estava negativo nas últimas semanas, gira atualmente em torno de 2,01%, segundo a consultoria.
Valor do bezerro sobe com boas condições do pasto
Os preços do bezerro negociado no Mato Grosso do Sul – referência principal da atividade de cria no País – subiram na terça-feira.
O Indicador Bezerro Esalq (animal Nelore, de 8 a 12 meses) fechou cotado a R$ 1.254,87, com valorização de 1,2% sobre a cotação do dia anterior, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
As valorizações nos preços do boi gordo nas últimas semanas favoreceram a relação de troca por parte dos invernistas/recriadores, o que explica o aquecimento no mercado de reposição.
Além disso, as boas condições das pastagens na maior parte das regiões pecuárias brasileiras oferecem suporte adicional aos bons fluxos de negócios.
Ritmo de alta do boi gordo perde força
Confirmando a previsão de analistas, o ritmo de alta dos preços do boi gordo perdeu força nesta semana, motivado sobretudo pela expectativa de baixo consumo de carne bovina no mercado doméstico, o que faz a indústria tirar o pé das compras.
No entanto, relata a Scot Consultoria, a oferta de boiadas segue restrita nas principais regiões pecuárias do País, o que deixa pouco espaço para quedas mais acentuadas nas cotações da arroba.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, ontem, o boi gordo foi negociado a R$ 158/@, à vista, livre de Funrural.
O Indicador do boi gordo Esalq/B3 fechou terça-feira valendo R$ 156,90/@, à vista, na praça paulista, com retração diária de 0,70%, segundo dados do Cepea.