Dia a dia do mercado pecuário em 19 de março

Boi gordo acima de R$ 145 a arroba e preço do bezerro estável. Confira as principais notícias de mercado desta terça-feira

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Negócios com a carne bovina no atacado perdem fôlego

No atacado paulista, a movimentação dos negócios envolvendo a carne bovina vem perdendo fôlego, já que a chegada da segunda quinzena do mês limita o apetite comprador dos distribuidores, segundo boletim da Informa FNP divulgado na tarde desta terça-feira.

Mesmo assim, destaque para firmeza dos preços de cortes de dianteiro, sobretudo pela elevação das cotações das carnes concorrentes (frango e suínos).


No mercado externo, o ritmo dos embarques de carne bovina neste mês de março segue a todo vapor, com um volume de 7 mil toneladas/dia, 20,5% superior a fevereiro passado.

“As exportações têm auxiliado na equalização dos estoques internos da carne bovina”, relata a consultoria.

Baixa oferta dá suporte às cotações do boi gordo nesta terça

Nesta terça-feira, a baixa oferta de animais prontos para abate se mantém em grande parte das praças pecuárias, dando suporte às cotações, relata o boletim da Informa FNP.

“A resistência dos pecuaristas em aumentar o número de animais ofertados repousa nas melhores condições das pastagens, o que garante um maior poder de barganha nesse momento”, informa a consultoria paulista.

Do lado da demanda, os compradores de gado ainda não enxergam espaço para aumentar suas indicações de preço pagos na arroba, já que a chegada da segunda quinzena de mês tende a elevar a dificuldade no escoamento dos estoques de carne nas câmaras frigoríficas.

Neste contexto, diz a consultoria paulista, há possibilidade de esgotamento dos movimentos de alta nos preços da arroba, com perspectiva de maior estabilidade no curtíssimo prazo.

Em São Paulo, os frigoríficos têm adquirido o mínimo necessário para atender demandas mais urgentes, recorrendo a ofertas de outros estados vizinhos.

No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, os preços seguem estáveis, uma vez que o número de animais terminados oferecidos ao mercado mantém uma evolução regular das escalas.

Em Goiás, embora as indústrias operem com escalas de abate apertadas, há resistência em trabalhar com valores acima das máximas vigentes.

No Paraná e no Rio Grande do Sul, o dia também foi de estabilidade nos preços em meio a um fluxo regular de negócios.

No Norte e Nordeste, os preços da arroba seguem firmes, de acordo com FNP.

Em fevereiro, preços do boi gordo seguiram caminhos distintos em SP e MT, aponta Imea

O novo boletim semanal de bovinocultura divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária chama a atenção para os caminhos distintos percorridos pela arroba do boi gordo nas praças de São Paulo e Mato Grosso durante o mês de fevereiro.

Nas terras do Estado do Centro-Oeste, responsável pelo maior rebanho bovino do País (de quase 30 milhões de cabeças), o preço médio do boi gordo subiu 0,73% no mês passado, para R$ 135,13/@. Por sua vez, no Estado de São Paulo, o valor médio da arroba caiu 1,2%, para R$ 150,38/@.

Este cenário de preços mais altos para a boiada do Mato Grosso, relata o Imea, foi motivado pela grande quantidade de chuvas registrada no Estado ao longo de fevereiro, que acabou prejudicando a logística de entrega dos animais aos frigoríficos, além de encarecer os valores do frete.

Por sua vez, em São Paulo, a fraca demanda por carne bovina na maior parte do mês passado, afirma o estudo, resultou no enfraquecimento dos preços do boi dentro da porteira.

Diante dessa conjuntura, o diferencial de base entre MT-SP (indicador que demonstra a diferença entre as cotações do animal terminado nas duas praças de comercialização) apresentou queda de 1,62 pontos percentuais em fevereiro, saindo do patamar de -11,85%, em janeiro/19 para -10,14%, segundo o Imea.

Neste mês de março, porém, o mercado do boi gordo nos dois Estados segue o mesmo caminho, ou seja, um movimento de alta de preços.

“Complexo carne” impulsiona exportação brasileira em fevereiro

Em fevereiro, o “complexo carne” continuou tendo papel fundamental para o desempenho favorável das exportações do agronegócio brasileiro. Sozinho, o complexo carne registrou embarques da ordem de US$ 1,1 bilhão em fevereiro, com elevação de 5% sobre o valor obtido no mesmo mês do ano passado. No total, as vendas externas do país renderam US$ 7,2 bilhões ao Brasil, aumento de 15,6% na comparação com fevereiro de 2018, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Em volume, a exportação brasileira de carne alcançou 520 mil toneladas em fevereiro deste ano, um novo recorde para o mês (o anterior havia sido de 510 mil toneladas, em fevereiro de 2016). As receitas com as exportações de carne bovina e de frango foram praticamente iguais em fevereiro, ao redor de US$ 518 milhões cada.

No bimestre – No acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, o principal produto exportado pelo setor de carnes foi a bovina, com receita de US$ 975,06 milhões no período, uma retração de 2,8% em comparação aos valores verificados entre janeiro e fevereiro de 2018 (US$ 1 bilhão). Apesar do crescimento de 6,8% na quantidade embarcada de carne bovina no primeiro bimestre do ano, a receita com os embarques do diminuiu em função da queda mais aguda na cotação do produto no período analisado (-9%), justificou o boletim divulgado pela Secex.

Saldo positivo – No mês passado, as importações do setor do agronegócio alcançaram gastos de US$ 1,2 bilhão, o que resultou num superávit para a balança comercial deste setor no período mensal da ordem de US$ 6 bilhões.

Produção de carne bovina fica estável em SP em 2018

O Estado de São Paulo abateu 3,7 milhões de bovinos em 2018, gerando a produção de 945,5 mil toneladas de carne bovina, praticamente a mesma quantidade registrada no ano anterior, de 948,2 mil toneladas, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), entre 1º e 20 de novembro de 2018.

Por sua vez, a produção leiteira no Estado de São Paulo atingiu 1,69 bilhão de litros, com aumento de 7% em relação ao volume verificado no ano anterior, de 1,58 bilhão de litros.

Segundo observou o estudo do IEA/CATI, a coleta de leite cresceu mesmo com a redução no rebanho leiteiro do Estado, que caiu 6,6% no ano passado, para 1,1 milhão de cabeças, em relação ao ano anterior.

“O produtor de leite paulista, mais especializado, parece aumentar o rendimento de litros de leite por animal por meio da melhoria dos índices de produtividade ligados à genética, nutrição animal e também pela melhor gestão da atividade”, justifica a equipe de analistas do IEA/CATI.

Rebanho bovino de SP diminuiu 1% em 2018, aponta IEA/CATI

O número total de bovinos no Estado de São Paulo caiu 1% em 2018, para 10,384 milhões de cabeças, em relação ao rebanho registrado em 2017, de 10,489 milhões de unidades, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), entre 1º e 20 de novembro de 2018.

No entanto, ao agrupar somente os bovinos de corte (para produção de carne), o rebanho de São Paulo subiu 2,6% no ano passado, para 6,4 milhões de cabeça, ante 6,2 milhões registrados no ano anterior.

Por sua vez, os dados do IEA/CATI mostram uma redução de 6,6% no número de bovinos destinados à produção de leite em relação ao ano anterior, totalizando 1,1 milhão de cabeças. Na categoria gado misto, também houve decréscimo: de 6,2% em 2018, atingindo 2,8 milhões de cabeças.

Análise da equipe do IEA/CATI justifica as quedas observadas nos rebanhos de gado leiteiro e misto. A queda no plantel de animais da categoria misto, dizem os especialistas, parece refletir a dificuldade de lidar com margens de retorno menores, pois o rebanho de animais desse tipo é característico de pequenas e médias criações. “São animais que normalmente têm baixos índices zootécnicos e econômicos”, avalia a equipe de analistas.

Por sua vez, o segmento leiteiro reduziu seu rebanho “provavelmente em decorrência dos seus custos (fixos e variáveis) crescentes, além da importação de leite de outros Estados, que são obstáculos à permanência na atividade para os pequenos e médios produtores de São Paulo”.

Agrifatto vê possibilidade de novo recorde nos embarques de carne bovina em março

As exportações brasileiras de carne bovina in natura continuam em bom ritmo nestas primeiras semanas de março. Nos primeiros nove dias úteis do mês, foram embarcadas 62,62 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 233,10 milhões, informa a consultoria Agrifatto.

“Se a média diária do volume exportado nos primeiros nove dias se repetir, projeta-se que, em março, serão embarcadas 132,2 mil toneladas (19 dias úteis), um novo recorde para período, posto que superaria em 5,4% as 125,5 mil toneladas exportadas em março de 2017”, calcula a consultoria.

Em fevereiro, as vendas externas de carne bovina in natura alcançaram 146,99 mil toneladas, acréscimo de 15% em relação ao período de 2017.

Tal resultado representou volume recorde para o mês de fevereiro, superando a marca alcançada em fevereiro de 2017 (115,40 mil toneladas).

Em receita, as exportações em fevereiro totalizaram US$ 526,99 milhões, com avanço de 7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado de janeiro a fevereiro, os embarques de carne bovina in natura contabilizaram um volume total de 217,90 mil toneladas, com avanço de 10,16% ante o mesmo período de 2018.

No entanto, o preço médio por tonelada exportada no período recuou, o que fez com que a receita total obtida no primeiro bimestre de 2019 com os embarques de carne bovina in natura atingisse US$ 817,20 milhões, o que representou ligeira queda de 0,23% em relação ao primeiro bimestre de 2017.

Em quatro décadas, preço do bezerro sobe 18% e boi gordo 4,6%

Artigo publicado nesta segunda-feira pelo zootecnista Breno de Lima, no site da Scot Consultoria, mostra a trajetória do preço do bezerro desde 2000, comparando-a com o movimento do valor do boi gordo em igual intervalo de tempo. O item corresponde por cerca de 60% dos custos totais em um sistema de recria e engorda.

Segundo o analista da Scot, tomando como base São Paulo, em valores reais (descontando a inflação), de janeiro de 2000 até hoje a cotação da arroba do bezerro subiu 17,9%, enquanto que no mesmo período a cotação da arroba do boi gordo caiu 4,6%.

A relação de troca entre boi gordo e bezerro aumentou e, consequentemente, diminuiu o poder de compra do invernista. “Isso não é exclusividade de São Paulo, quando analisamos todas as praças do Centro-Sul, a realidade é a mesma”, relata Lima.

Em 2000 vendia-se aproximadamente 6@ de boi gordo para a compra de um bezerro com 6@, uma proporção próxima a 1:1. Hoje o cenário é diferente, na média dessas regiões nos últimos 19 anos a quantidade de arrobas de boi gordo necessárias para compra um bezerro de desmama subiu duas arrobas. “É o mesmo que dizer que a cada três bezerros comprados o invernista deixou de comprar um”, calcula.

Segundo o analista, nas quatro últimas décadas, a relação de troca “arrobas de boi gordo versus bezerro” subiu mais de 60%, saltando de 5,3 para 8,6 arrobas, em São Paulo.

“O invernista que vendia uma boiada gorda de 100 cabeças, pesando 18 arrobas cada, na década de 80 conseguia comprar 340 bezerros. Na década atual, com a venda do mesmo lote compra-se 209 bezerros, uma diferença de 131 bezerros.

Conclusões – No entanto, o analista diz que a pressão sobre as margens, apesar de dificultar, não impede o invernista de obter lucro na atividade.

“A evolução na pecuária ao longo dos anos trouxe novas tecnologias e aprimorou as existentes, sendo assim os sistemas de criação que antes eram extrativistas deram espaço para sistemas intensificados”, ressalta.

A tendência, continua Lima, é que a relação de troca seja cada vez mais “apertada” para o invernista, uma vez que o mercado precifica os custos de produção através dos sistemas mais tecnificados e rentáveis, aumentando assim a competitividade do negócio.

“Negar a intensificação do sistema e ficar fora da “pecuária moderna” será a diferença entre os que continuarão na atividade”, conclui.

Preço do bezerro abre a semana estável

O Indicador Bezerro ESALQ (animal Nelore, de 8 a 12 meses) abriu a semana com estabilidade na praça do Mato Grosso do Sul.

Fechou a segunda-feira a R$ 1.252,09, com leve valorização sobre o preço de sexta-feira, de R$ 1.250,83.

No acumulado do ano, o valor atual do bezerro no MS ainda apresenta aumento de 2,2% sobre a cotação de 28 de dezembro de 2018 (R$ 1.225,47).

Segundo analistas da Scot Consultoria, a firmeza nos preços do boi gordo deram um estimulo maior para os negócios no mercado de reposição. A categoria mais procurada no momento é o boi magro, de giro mais rápido.

Boi gordo fica acima de R$ 154 em SP e confirma expectativas

As cotações do boi gordo subiram nas principais praças brasileiras no primeiro dia desta semana, confirmando a expectativa de alta dos analistas de mercado.

O Indicador Esalq do boi gordo fechou a segunda-feira cotado a R$ 154,30 (valor à vista) em São Paulo, com elevação diária de 1,5%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

Trata-se do preço nominal mais alto do indicador desde o dia 4 de janeiro deste ano, quando atingiu o valor de R$ 154,70.

Neste mês de março, o valor do boi já acumula aumento de 2,7% na praça paulista (em relação ao preço de R$ 150,20 apurado no último dia útil de fevereiro).

Na comparação com a cotação registrada há um ano, de R$ 145,75, o preço atual apresenta aumento nominal de 6%.

No acumulado deste ano, a valorização é de 0,6% (em comparação ao valor de R$ 153,40 registrado em 28 de dezembro de 2018).

O mercado do boi gordo reage principalmente à escassez de oferta de animais terminados, somada à necessidade dos frigoríficos de preencherem, rapidamente, as suas escalas de abate – que neste mês encontram-se bastante apertadas.

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