Pressão de baixa perde força no mercado do boi gordo
A forte pressão de baixa nos preços do boi gordo registrada nas primeiras semanas de maio parece ter perdido um pouco de força, o que deve contribuir para um valor de arroba mais firme neste início de semana.
Pelo menos essa é a previsão do analista Breno de Lima, da Scot Consultoria, de Bebedouro, SP.
Segundo ele, os frigoríficos irão continuar testando preços abaixo das referências nas praças pecuárias. No entanto, prevê Lima, a expectativa de uma oferta de boiada um pouco mais compassada, aliada ao ritmo forte das exportações de carne bovina, pode trazer maior firmeza aos preços da arroba.
Na sexta-feira, o Indicador boi gordo Esalq/B3/Cepea (praça paulista, valor à vista) fechou a R$ 153,40, com valorização diária e 1,7%.
Agrifatto prevê continuidade da pressão baixista
A piora nas condições das pastagens pode aumentar gradualmente a oferta de animais terminados, pressionando para baixo as cotações do boi gordo, prevê a Agrifatto.
“A chegada do frio deve fazer com que o pecuarista direcione os animais para confinamento ou para o abate”, avalia a consultoria.
Por sua vez, “o escoamento da carne bovina no atacado segue lento e as escalas confortáveis das indústrias permitem testar preços menores pela matéria-prima”, acrescenta boletim da Agrifatto.
Consultoria reforça expectativa de novas baixas
A intensificação do clima frio e seco no Brasil Central na última semana deve impactar as condições das pastagens gradualmente daqui em diante, observa a Agrifatto, sem seu resumo semanal sobre o mercado do boi gordo.
Dessa maneira, prevê a consultoria, a oferta de animais deve começar a aumentar nas próximas semanas, com os pecuaristas entregando volumes maiores boiadas para diminuir a lotação para o período seco e/ou aumentar o capital de giro.
“Este ano as chuvas tiveram um comportamento atípico e junho pode ser um mês de oferta de um volume maior de animais, com as cotações recuando ante os valores praticados em maio”, relata a Agrifatto
Boi gordo segue com preços estáveis na maioria das praças
Nesta segunda-feira, os preços pagos pelo boi gordo se mostraram majoritariamente estáveis nas principais praças pecuárias brasileira, relata boletim desta tarde da Informa Economics FNP.
“Nas últimas semanas, com aumento nas ofertas dos animais prontos para abate, as escalas de abate se estenderam na maior parte das industrias frigorificas”, informa a consultoria.
A FNP acrescenta ainda que, em muitos Estados, os agentes agem com maior cautela nas compras à espera de uma melhor avaliação dos resultados das vendas de carne bovina no último fim de semana.
Preço futuro do boi gordo sobe fortemente
O spread (diferença de preços) entre os contratos futuro do boi gordo para maio (curtíssimo prazo) e outubro (pico da entressafra), que estava próximo a 3% (ou R$ 4,70/@) em meados de abril, encerrou a semana passada em 7,3%, ou R$ 11,15/@, segundo balanço semanal da consultoria Agrifatto.
O contrato para maio de 2019 valorizou-se 0,39% no comparativo semanal e fechou a sexta-feira em R$ 152,90/@, na bolsa de mercadoria B3.
Por sua vez, o vencimento para outubro/19 avançou 3% em sete dias e fechou a sexta-feira na máxima desta temporada, em R$ 164,05/@. No acumulado de maio, registrou avanço de 4,62%.
