Dia a dia do mercado pecuário em 22 de fevereiro

Boi gordo encerra a semana em alta em São Paulo. Confira as principais notícias desta sexta-feira

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Ilustração: Edgar Pera

Sexta-feira de poucos negócios com boi gordo

Nesta sexta-feira, o mercado físico de boiada pronta para abate registrou poucos negócios fechados, o que não deixa de ser um movimento normal para o período, relatou o Boletim Diário da Informa Economics FNP, de São Paulo.

A pequena quantidade de transações, no entanto, manteve o mercado do boi gordo aparentemente firme e a referência das cotações estáveis, com pequenas variações regionais, segundo a consultoria.


“Vale ressaltar que ambas as pontas do mercado seguem firmes em suas posições. Em grande parte dos frigoríficos, a programação de abate é curta e atende até quatro dias úteis. Há frigoríficos com escalas mais longas fora das compras, assim como há também aqueles com escalas curtas ofertando preços maiores pela arroba”, resumiu a FNP.

Embarques de gado em pé podem balizar os preços de garrotes nas praças regionais de reposição

As exportações crescentes de bovinos em pé podem contribuir para manter mais firmes os preços do mercado reposição brasileiro em algumas praças regionais do País.

Pelo menos é o que acredita a equipe de analistas da Agrifatto Consultoria, de Bebedouro, SP, que vê um “enxugamento” na oferta de animais jovens em regiões onde geralmente há embarques efetivos de gado vivo. O garrote é a principal categoria participante desse nicho de mercado.

Segundo a consultoria, a venda de bovinos vivos ao mercado externo chega a ser até 35% mais vantajosa que a sua comercialização no mercado interno, o que aumenta o interesse do pecuarista em explorar tal mercado.

Ao comparar as exportações totais de animais vivos em 2018 com o volume de animais abatidos no Brasil, nota-se uma representatividade de 2% sobre o que é processado internamente, calcula a Agrifatto. Em 2015, essa relação era de 0,57%, compara a consultoria.

A troca de destinos dos animais vivos exportados pelo Brasil nos últimos dez anos

Em 2018, Turquia, Egito e Líbano se consolidaram com os principais importadores de gado em pé do Brasil, ocupação que um dia foi liderada praticamente sozinha pela Venezuela, país em crise atualmente e que “desapareceu” do mapa de compradores de animais vivos do País.

De 2008 a 2015, a participação anual da Venezuela no total de animais em pé exportados pelo Brasil foi de 74%, em média, segundo a consultoria Agrifatto.

Em 2018, a Turquia consolidou a sua posição de maior importador de gado vivo do Brasil, adquirindo 546,88 mil animais. Em segundo e terceiro lugar apareceram Egito e Líbano, com 103,55 e 58,68 mil cabeças, respectivamente.

No entanto, segundo a Agrifatto, nos últimos meses do ano passado, as vendas de animais vivos para os turcos desaceleraram, abrindo espaço para o aumento dos negócios para o Egito e Iraque, que em janeiro último aparecem na lista dos principais destinos.

Exportação de gado vivo registra taxa média de crescimento anual de 58% entre 2015 e 2018

Entre 2015 a 2018, a exportação brasileira de bovinos vivos registrou significativa taxa média de crescimento anual de 58%, segundo análise divulgada nesta sexta-feira pela Agrifatto Consultoria, de Bebedouro, SP.

Só no ano passado, os embarques nacionais de gado em pé atingiram o volume recorde de 784,32 mil cabeças, quase o dobro da quantidade registrada em 2017, de 400,6 mil bovinos.

Em janeiro deste ano, o Brasil exportou 37,5 mil bovinos vivos, recuo de 5,7% ante dezembro último, mas acréscimo de 55% quando comparado com o mesmo período de 2018.

Agrifatto prevê uma semana mais aquecida para o mercado do boi gordo

A volta das chuvas na região Centro-Sul do Brasil contribuiu para a melhoria das condições das pastagens, permitindo a retomada da engorda e uma possível retenção de animais nas fazendas, caso os preços ofertados pela indústria não agradarem aos produtores

Este é o cenário de oferta e demanda traçado para o mercado do boi gordo para a próxima semana pela equipe de analistas da consultoria Agrifatto, de Bebedouro, SP.

O consumo interno de carne bovina é tradicionalmente mais fraco a partir da segunda quinzena do mês, segundo a consultoria do interior paulista. “Porém, o bom ritmo das exportações tem auxiliado no escoamento da carne que poderia ser destinada ao mercado interno”, informa.

Na visão dos analistas da Agrifatto, a proximidade com o feriado de Carnaval e a virada do mês pode pressionar os frigoríficos a originarem um volume maior de animais, dando sustentação a arroba ao longo da próxima semana.

Indicador Bezerro esboça tendência altista no Mato Grosso do Sul

O Indicador Bezerro Esalq (animal Nelore, de 8 a 12 meses) fechou a quinta-feira em alta, atingindo R$ 1.241,82 na praça do Mato Grosso do Sul, com elevação de 1% sobre o valor do dia anterior, de R$ 1.228,52, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No acumulado de fevereiro, o valor do bezerro registra elevação de 1,6%, em relação ao valor de 31 de janeiro, de R$ 1.222,03. Na comparação com o preço de um mês atrás, de R$ 1,198,09, o valor atual do indicador apresenta alta de 3,6%.

Segundo análise publicada no último Boletim Semanal da Informa Economics FNP, de São Paulo, durante a última semana, o volume de transações no mercado de animais para reposição evoluiu de forma regular, embora essa maior liquidez só foi possível mediante ao registro de negócios a preços mais baixos.

“Os pastos ainda apresentam baixa condição de suporte em algumas regiões brasileiras, ao mesmo tempo que a inconsistência dos preços da arroba no mercado de boiada gorda limita o interesse dos pecuaristas em realizar maiores aquisições no momento”, reforça o boletim.

Comportamentos distintos nos balcões de negócios das diferentes praças pecuárias do País

Nas últimas semanas, as praças pecuárias espalhadas pelo País demonstraram comportamentos distintos em relação aos negócios de compra e venda envolvendo animais terminados, prontos para o abate.

Pelo levantamento da Informa Economics FNP, de São Paulo, durante a última semana, o valor do boi gordo registrou maior frouxidão nas praças de São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, tendência influenciada pela baixa liquidez dos negócios.

“As transações realizadas nessas regiões envolveram pequenos lotes de animais, comprovando o baixo interesse dos frigoríficos para efetivar negócios”, avalia a FNP.

Embora as escalas de abate estejam relativamente curtas nas três praças citadas, relata a consultoria paulista, as indústrias preferiram se ausentar das compras e evitar pagar valores maiores na arroba frente a dificuldade de repasse de custo ao consumidor final.

Por sua vez, em outros balcões de negócios, os preços do boi gordo esboçaram firmeza na última semana. Em Goiás, Mato Grosso, e nos Estados da região Norte e Nordeste, os preços reagiram pela escassez na oferta animais terminados e pelo maior grau de urgência de recebimento da matéria-prima por parte de algumas plantas frigoríficas.

Boi gordo encerra a semana em alta, a R$ 151,30, na praça paulista

O Indicador Esalq do boi gordo (Estado de São Paulo, valor à vista) subiu na quinta-feira, fechando a semana valendo R$ 151,30, o que representou uma valorização diária de 1% sobre os R$ 149,79 do dia anterior, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

No acumulado do mês, porém, o preço do boi na praça paulista ainda apresenta taxa negativa, de 1,1%, na comparação com o valor de R$ 153,30 do fechamento de janeiro.

Segundo o último Boletim Semanal da Informa Economics FNP, de São Paulo, os valores da arroba oscilaram de forma mista entre as praças pecuárias brasileiras, sob influência das diferentes urgências dos compradores e vendedores.

“Com expectativa de que a oferta de lotes terminados a pasto venha a aumentar nas próximas semanas, os frigoríficos limitam as suas aquisições para evitar maiores acúmulos de estoques nos entrepostos e, consequentemente, quedas nos preços da carne no atacado”, relata a consultoria.

Paralelamente, aponta a FNP, grande parte dos pecuaristas resiste em efetivar grandes volumes de venda sob a alegação de custos mais altos com reposição e dificuldade na terminação dos animais por efeito da seca que atingiu muitas áreas no interior do País, entre os meses de dezembro e janeiro.

 

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