Semana de baixa liquidez no mercado do boi gordo
Embora com registros de quedas pontuais em algumas praças pecuárias, o mercado do boi gordo seguiu estável durante esta semana, refletindo o menor apetite para compras das indústrias frigoríficas.
Segundo balanço semanal da Informa Economics FNP, após um período de alta liquidez, as escalas de abate se estenderam, em média, até o começo do mês de junho, o explica a diminuição de compras de gado neste final de maio.
Já do lado da oferta, as condições climáticas começam a demonstrar que o período de águas está por fim e a manutenção dos animais no pasto se encontra cada vez mais complicada, informa a FNP.
Ontem, o Indicador boi gordo Esalq/B3/Cepea fechou a R$ 153,75/@, à vista, em São Paulo, com alta diária de 1,8%.
Agrifatto prevê maior pressão de baixa na próxima semana
Em tempos de consumo fraco de carne bovina, as indústrias buscam administrar as suas escalas de abate, o que reforça a estimativa de continuidade da pressão baixista para os preços do boi gordo na próxima semana, informa o boletim desta sexta-feira da Agrifatto.
“O escoamento mais lento da carne bovina do atacado nesta segunda metade do mês diminui a pressão compradora, e a arroba recua nas praças em que frigoríficos encontram facilidade na originação”, relata a consultoria.
No entanto, o bom ritmo das exportações servem de suporte aos preços, limitando quedas maiores da arroba. Segundo a Agrifatto, embora o número de plantas habilitadas a exportação seja limitado, animais com “selo exportação” aumentam a remuneração do pecuarista entre R$ 2 e R$ 5 por arroba.