FNP confirma tendência altista no curtíssimo prazo
Há uma clara tendencia altista no mercado de boiada gorda no curtíssimo prazo, em função dificuldade de compra das indústrias, relata o boletim desta tarde de quarta-feira da Informa Economics FNP.
“A maioria do frigoríficos trabalha para alargar as suas escalas de abate, visando recompor os estoques antes do período de virada de mês, quando geralmente o fluxo de consumo aumenta em função da entrada de massa salarial”, observa a consultoria.
Segundo a FNP, o aumento das exportações brasileiras de carne bovina oferece suporte adicional aos preços internos da arroba por dificultar a formação de excedentes nos estoques.
“No que tange a oferta, o avanço do período de entressafra do boi no país prejudica a aquisição de grande lotes antes da chegada do primeiro giro de animais oriundos de confinamento”, acrescenta.
Demanda firme da indústria eleva preços do boi gordo
A necessidade dos frigoríficos de adquirir matéria-prima para preencher as escalas de abate e, assim, atender o esperado aumento sazonal da demanda no início do próximo mês, fez com que as ofertas de compra de boi gordo aumentassem na maioria das praças pecuárias, informa a Agrifatto.
Na média das praças levantadas pela consultoria, a arroba (pagamento a prazo) subiu 0,62% desde o final da semana passada. O destaque fica para Goiás, onde as cotações aumentaram 2,44% no mesmo comparativo.
As escalas de abate seguem trabalhando abaixo da média, e não devem permitir um arrefecimento no valor da arroba no curtíssimo prazo, segundo previsão da Agrifatto.
Ontem, o indicador do boi gordo Esalq/B3/Cepea ficou em R$ 153,50/@, alta de 1,5% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, o contrato para junho/19 subiu 0,30%, fechando a terça-feira valendo R$ 152,95/@. O contrato para outubro/19 avançou 0,31% e encerrou o dia em R$ 164,25/@.