Demanda para exportação sustenta preços internos
Mesmo com a demanda interna de carne bovina enfraquecida, o mercado externo dá sustentação aos preços do boi gordo, destaca boletim pecuário divulgado nesta manhã de quinta-feira pela Agrifatto.
“Em um período sazonal de menor escoamento de carne bovina pelo atacado, o bom ritmo das exportações serve de suporte às cotações da arroba, que segue lateralizada ao longo desta semana”, avalia a consultoria.
Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, as indicações de compra dos frigoríficos estão em R$ 155/@ e R$ 143,45/@, informa a Agrifatto.
Ainda segundo a consultoria, embora tenham recuado perante a primeira semana deste mês, as escalas de abate estão acima da média de 2019, o que explica a posição mais cautelosa dos frigoríficos.
Ontem (17/jul), o indicador Esalq/B3/Cepea ficou em R$ 152,90/@, registrando leve queda de 0,33% ante o fechamento anterior.
No mercado futuro da B3, o vencimento julho/19 recuou 0,35% e fechou em R$ 155/@. Já o contrato para outubro/19 subiu 0,65% e encerrou o dia em R$ 162,85/@.
Queda de braço entre pecuaristas e indústria continua
Nesta quinta-feira, o mercado físico de boi gordo registrou um aparente recuo na liquidez dos negócios em função da fraca atuação de ambas as pontas, relata boletim pecuário da Informa Economics FNP.
Os pecuaristas mostram resistência em trabalhar com a valores muito distantes das máximas vigentes e limitam suas ofertas de venda de gado, declara a consultoria paulista.
Por outro lado, diz a FNP, as indústrias frigoríficas, em sua grande maioria, limitam o fluxo de suas aquisições em função da inconsistência do consumo interno de carne bovina.
“Apesar da baixa oferta de animais, os frigoríficos trabalham com as escalas de abate prontas até o final da próxima semana, valendo-se de lotes a termo adquirido anteriormente com entrega programada para este período”, informa a consultoria.
