Duas pandemias e Brexit deixam o setor suíno do Reino Unido em perigo

Os preços dos suínos, especialmente de fêmeas, estão despencando, enquanto os custos da ração disparam

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Os produtores britânicos de carne suína viram os seus lucros serem corroídos pela Covid-19 e um surto da mortal febre suína africana (ASF) na Alemanha, e agora também estão tendo que lidar com a burocracia do Brexit, que prejudicou as exportações e a demanda de compradores importantes, como os alemães fabricantes de salsichas. O Brexit é a saída do Reino Unido do bloco da União Europeia (UE). A reportagem foi publicada pela agência Reuters.

Os preços dos suínos, especialmente de fêmeas, estão despencando no Reino Unido, enquanto os custos da ração disparam. “Temos rações caras, ASF, Covid, e agora estamos lutando para enviar coisas para o exterior”, disse o produtor britânico de suínos Simon Watchorn.


Os animais que permaneceram em sua fazenda ficaram acima do peso e alguns perderam até a metade de seu valor desde que a pandemia de Covid-19 interrompeu o processamento de carne, no ano passado. Este ano, Watchorn disse que as exportações da Grã-Bretanha para a UE foram tão prejudicadas após a saída do país do mercado único europeu, em 31 de dezembro, que ele não discute mais o preço ao enviar aos matadouros as porcas mais velhas, conhecidas como “animais de descarte”.

Cerca de 90% das fêmeas de descarte da Grã-Bretanha vão para a Alemanha para serem processadas em linguiças, hambúrgueres, salame e outras carnes curadas. Dados do governo mostram que 862.000 do rebanho de suínos do Reino Unido foram abatidos em janeiro, uma queda de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto o rebanho de fêmeas tiveram uma retração mais acentuada, de 29%.

Com os embarques de carne da Grã-Bretanha para a União Europeia caíram pela metade em relação aos níveis normais, os preços no mercado de fêmeas altamente dependente do mercado exportador recuaram quase dois terços desde o verão passado.

Suprimentos em excesso

Enquanto isso, a ASF tem varrido o mundo – foi responsável por dizimar o gigante rebanho de suínos na China, o maior produtor mundial de carne suína –, e chegou à Alemanha, em setembro do ano passado. Em reposta ao surto na Alemanha, a China e outros países asiáticos baniram as importações de animais do país europeu, deixando a Europa com excesso de oferta e preços em queda.

Em uma pesquisa com 69 membros da National Pig Association (NPA) realizada no mês passado, mais de 80% disseram que estão (ou esperam estar) em uma posição deficitária neste trimestre. Os preços do trigo para ração animal na Grã-Bretanha aumentaram 80%, com relação ao ano anterior, mostram dados do Conselho de Desenvolvimento de Agricultura e Horticultura (AHDB), enquanto os preços dos suínos no Reino Unido estão em baixas, já que os produtores lutam para competir com as importações baratas de carne de porco de países da União Europeia. Os preços dos suínos na UE estão em níveis baixos em quatro anos (Adaptação ao texto da agência Reuters).

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