O Brasil poderá superar a marca histórica de US$ 2 bilhões em faturamento com exportações de carne em 2020, se a demanda chinesa continuar aquecida e houver abertura de novos mercados. “Nossa previsão é comercializar 8,5 milhões de toneladas no próximo ano, ultrapassando os US$ 2 bilhões, crescimento de 15% e 13% respectivamente em relação a 2019”, estima Antônio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
As importações chinesas, segundo o executivo, deverão aumentar, devido à habilitação de novos frigoríficos no ano que vem. Além disso, a Rússia voltou a comprar carne brasileira, ainda em volumes tímidos (65.954 toneladas entre janeiro e novembro de 2019), mas há possibilidade de se elevar o número de unidades habilitadas para 13 ou 15, o que já favorecerá bastante as exportações para esse país.
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A Abiec trabalha ainda com a possibilidade de reabertura do mercado norte-americano no segundo semestre de 2020 e prevê incremento nas exportações para a Indonésia, mercado recém-aberto e com potencial para comprar 42.000 toneladas do Brasil.
Outros países na mira da Abiec são a Coreia do Sul, em fase de entrega de questionário para a primeira etapa do processo de abertura de mercado; o Japão, que está avaliando primeiramente a possibilidade de liberação das importações para Santa Catarina, Estado livre de febre aftosa sem vacinação; o Canadá, que está avaliando os planos de ação das unidades visitados em outubro de 2018 e o México, que aprovou os estabelecimentos visitados neste ano, mas solicitou a apresentação de algumas medidas corretivas este neste mês.
