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Em busca do melhor volumoso para o “sequestro”

Obrigados a manter baixa lotação dos pastos na seca, pecuaristas do MS vão a Goiás ver experiência bem-sucedida de quatro fazendas

Problemas de pasto levaram a Lageado, em Santa Rita do Araguaia, a confinar todo o gado (2.000 cabeças) nesta seca.

Por Moacir José

Qual o melhor protocolo nutricional para se fazer “sequestro” de animais de recria na seca? Atrás de respostas para essa pergunta, um grupo de oito pecuaristas sul-mato-grossenses organizou uma expedição de quatro dias por fazendas de Goiás que já estão adotando essa técnica. Quem teve a ideia foi Rafael Nunes Gratão, que administra, junto com o irmão Abílio, a Fazenda São Judas, em São Gabriel d’Oeste, região centro-norte do MS.

“Nosso maior problema é que os animais de recria não ganham peso na seca. Neste ano, até setembro, fomos forçados a vender 1.800 animais magros que poderíamos engordar, se tivéssemos uma oferta de alimento maior. De maio a julho, não consegui abater a quantidade de animais que gostaria”, diz ele, que manda para os frigoríficos cerca de 3.000 animais por ano (parte engordada em outra fazenda, em Coxim), todos a pasto, com algum grau de suplementação.

Problema semelhante é enfrentado por Leonardo Freire Cassiano, da Fazenda Campo Alegre, em Ribas do Rio Pardo, região centro-leste do MS. Ele também faz terminação exclusivamente a pasto, com um rebanho de 1.500 cabeças, e a recria é feita numa fazenda arrendada, onde são alocados 1.200 animais. Entram desmamados (6-8 meses) e ficam ali por um ano. “A lotação da fazenda varia de 1,5 UA nas águas a 0,7 UA na seca. Meu objetivo, com o sequestro, é eliminar essa flutuação e trazer pelo menos umas 800 cabeças da recria para dentro da Campo Alegre”, diz Cassiano.

Com isso, sua ideia é agregar mais 300 bois gordos à sua produção anual, que ele prefere não revelar. Atualmente, ele tem de vender bois gordos no início da seca e realocar entre 50 e 60% do gado que não alcançou peso de abate.

Com o confinamento de manutenção, Rafael Gratão também imagina uma nova condição para sua fazenda, com capacidade para produzir mais animais. Mais do que isso, quer disseminar o que o grupo conheceu ‒ através de vídeos, palestras, etc… ‒ para outros pecuaristas do Estado, principalmente os reunidos na Associação Sul-Mato-Grossense de Novilho Precoce ‒ da qual ele é diretor ‒, do Sindicato Rural de Campo Grande (idem), e do Movimento Nacional de Produtores, do qual ele é presidente. Além de Gratão, seus dois irmãos (Abílio e Luiz Antônio, que toca a Fazenda Lubel, de cria, no Pantanal) e Leonardo Cassiano, o grupo contou com os pecuaristas Alexandre Junqueira Netto (Eldorado, ciclo completo), Rafael Ruzzon (Camapuã, recria-engorda e ILP), João Rodrigo Ribeiro (Terenos, ciclo completo) e Flávio Abdo (Coxim, ciclo completo).

O grupo partiu de Campo Grande no dia 19 de setembro e iniciou o tour no dia 20, no escritório do Grupo Lageado, em Mineiros, sudoeste de Goiás, com visita, na sequência, à Fazenda Flamboyant, na vizinha Santa Rita do Araguaia. No mesmo dia, à tarde, seguiram para Nova Crixás (noroeste do Estado) e, no dia 21, na parte da manhã, visitaram as instalações da Fazenda Santa Luzia, da J&F Floresta Agropecuária Araguaia, em Aruanã, na mesma região. À tarde, seguiram para a Fazenda Favorita, do Grupo Kiko’s Ranch, em Nova Crixás. No sábado, 22, finalizaram a expedição com uma visita à Fazenda São Judas Tadeu, do Grupo De Marchi, em Matrinchã, também no noroeste de Goiás. A indicação das fazendas partiu do consultor Luís Caires.

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