Em quatro décadas, preço do bezerro sobe 18% ante 4,6% do boi gordo

A tendência, segundo analista da Scot, é de que a relação de troca entre os dois animais seja cada vez mais "apertada"

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Artigo publicado nesta segunda-feira pelo zootecnista Breno de Lima, no site da Scot Consultoria, mostra a trajetória do preço do bezerro desde 2000, comparando-a com o movimento do valor do boi gordo em igual intervalo de tempo. O item corresponde por cerca de 60% dos custos totais em um sistema de recria e engorda.

Segundo o analista da Scot, tomando como base São Paulo, em valores reais (descontando a inflação), de janeiro de 2000 até hoje a cotação da arroba do bezerro subiu 17,9%, enquanto que no mesmo período a cotação da arroba do boi gordo caiu 4,6%.


A relação de troca entre boi gordo e bezerro aumentou e, consequentemente, diminuiu o poder de compra do invernista. “Isso não é exclusividade de São Paulo, quando analisamos todas as praças do Centro-Sul, a realidade é a mesma”, relata Lima.

Em 2000 vendia-se aproximadamente 6@ de boi gordo para a compra de um bezerro com 6@, uma proporção próxima a 1:1. Hoje o cenário é diferente, na média dessas regiões nos últimos 19 anos a quantidade de arrobas de boi gordo necessárias para compra um bezerro de desmama subiu duas arrobas. “É o mesmo que dizer que a cada três bezerros comprados o invernista deixou de comprar um”, calcula.

Segundo o analista, nas quatro últimas décadas, a relação de troca “arrobas de boi gordo versus bezerro” subiu mais de 60%, saltando de 5,3 para 8,6 arrobas, em São Paulo.

“O invernista que vendia uma boiada gorda de 100 cabeças, pesando 18 arrobas cada, na década de 80 conseguia comprar 340 bezerros. Na década atual, com a venda do mesmo lote compra-se 209 bezerros, uma diferença de 131 bezerros.

Conclusões – No entanto, o analista diz que a pressão sobre as margens, apesar de dificultar, não impede o invernista de obter lucro na atividade.

“A evolução na pecuária ao longo dos anos trouxe novas tecnologias e aprimorou as existentes, sendo assim os sistemas de criação que antes eram extrativistas deram espaço para sistemas intensificados”, ressalta.

A tendência, continua Lima, é que a relação de troca seja cada vez mais “apertada” para o invernista, uma vez que o mercado precifica os custos de produção através dos sistemas mais tecnificados e rentáveis, aumentando assim a competitividade do negócio.

“Negar a intensificação do sistema e ficar fora da “pecuária moderna” será a diferença entre os que continuarão na atividade”, conclui.

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