Embarques de carne bovina têm forte queda e preços do boi gordo recuam nas principais praças pecuárias

Terça-feira de queda generalizada nas cotações; em SP, o boi, vaca e novilha gordos são negociados, respectivamente, por R$ 269/@, R$ 260/@ e R$ 277/@ (preços brutos e a prazo), segundo a Scot Consultoria

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Nesta terça-feira, 19 de outubro, os preços do boi gordo e demais categorias prontas para abater voltaram a recuar fortemente e de maneira generalizada entre as principais praças pecuárias brasileiras, informa a IHS Markit.

“A baixa procura por animais terminados continua impactando negativamente os preços, uma vez que os fracos resultados das exportações de carne bovina e a inconsistência das vendas da proteína no mercado interno forçam a indústria a limitar a produção”, relata a consultoria.


Segundo dados da Scot Consultoria, o ritmo lento no mercado interno mantém os preços da arroba pressionados na praça paulista.

No comparativo diário, o boi e vaca recuaram R$ 1/@ nesta terça-feira, em São Paulo, enquanto para a novilha gorda houve queda diária de R$ 3/@.

Com isso, informa a Scot,  o boi, vaca e novilha gordos são negociados, respectivamente, por R$ 269/@, R$ 260/@ e R$ 277/@ (preços brutos e a prazo).

No momento, muitos pecuaristas brasileiros, diz a IHS, sofrem para reter os lotes no cocho em função dos elevados custos de produção, inflacionados pelo avanço nos preços da ração, sobretudo do milho.

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Segundo a IHS, algumas plantas frigoríficas, sobretudo as exportadoras, alegam ter que diminuir o ritmo dos abates em função da necessidade de desovar mercadoria encalhada em suas câmaras frias.

“Algumas unidades chegam a operar com capacidade ociosa acima de 50% na busca por alinhar a produção à demanda vigente”, observa IHS.

Outras plantam optam por abater lotes próprios, oriundos de confinamentos, boiteis ou negócios a termo, acrescenta a consultoria.

Exportações em queda – Dados da Secretaria de Comercio Exterior (Secex) sobre as exportações brasileiras de carne bovina in natura mostram que a média diária embarcada ficou em 4,57 mil toneladas nas três primeiras semanas de outubro, o que representa uma forte queda de 48,7% sobre a média do mês anterior, de 8,91 mil toneladas.

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Na comparação com a média registrada em outubro de 2020 (de 8,13 mil toneladas), houve uma queda de 43,8% no acumulado deste mês.

“Logicamente, esses dados refletem a ausência da China das compras”, justifica a IHS Markit, referindo-se à surpreendente continuidade do embargo ao produto brasileiro, iniciado em 4 de setembro, após o registro de dois casos atípicos de vaca louca no Brasil.

Outro ponto de destaque, informa a IHS, é a queda no preço médio da tonelada exportada, que cedeu 8,9% frente ao valor praticado em setembro passado (embora ainda esteja 24,3% superior à média de outubro/2020).

Na avaliação da IHS, a fragilidade da demanda doméstica pela proteína bovina segue prejudicando a dinâmica de negócios no mercado físico do boi gordo.

Antes do conflito comercial com a China, diz a consultoria, os preços do boi gordo estavam sendo sustentados pela oferta restrita de boiadas gordas no País e também pelo ritmo forte das exportações de carne bovina, setor que compensava a inconsistência do consumo interno gerado pela crise econômica por causa da pandemia de Covid-19.

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos, bem como do sebo e couro industrial, permaneceram estáveis nesta terça-feira, informa a IHS.

“A oferta de carne já não mostra volumes expressivos em algumas regiões, efeito da queda dos abates bovinos em muitas plantas frigorificas espalhadas pelo País”, avalia a consultoria.

Cotações máximas desta terça-feira, 19 de outubro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 255/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 255/@ (prazo)
vaca a R$ 245/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 253/@ (à vista)
vaca a R$ 245/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 254/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca R$ 241/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 288@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 257/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 268/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)

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