Entidades se manifestam sobre vídeo que orienta a redução no consumo de carne

Em nota, a ABCZ repudiou veementemente o vídeo publicitário assinado pelo Banco Bradesco, que divulgou 'carta aberta' sobre o episódio

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Entidades ligadas à pecuária de corte brasileira se manifestaram publicamente a respeito de um vídeo publicitário do Banco Bradesco que orientava a redução no consumo de carne como forma de diminuir as emissões de carbono na atmosfera.

Em nota, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) repudiou veementemente o vídeo publicitário, que já foi removido das redes sociais, segundo informou o banco em “Carta Aberta ao Agronegócio” divulgada no dia 24 (leia mais abaixo).


“É inacreditável que uma instituição financeira reconhecida preste um desserviço social como este, desaconselhando o consumo desta excelente fonte de proteína, cujos benefícios já foram cientificamente comprovados. Divulgar qualquer informação na contramão desses dados representa extrema ignorância por parte do interlocutor. Nosso país é o maior produtor de carnes do mundo, gerando emprego, renda e garantindo qualidade para a alimentação humana. Com muito orgulho, a carne zebuína representa a maioria absoluta dessa produção. Em nome dos mais de 24 mil associados da ABCZ, pedimos cautela, sensatez e rigor do Bradesco em suas comunicações e que direcione seus esforços, como nós produtores rurais fazemos, para a promoção da saúde mundial”, diz a nota da ABCZ.

A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil também se posicionou sobre o conteúdo do vídeo, através de uma nota assinada pelo presidente da ACNB, Nabih Amin El Aouar.

“A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) vem publicamente manifestar seu repúdio contra às manifestações públicas, tendenciosas, e sem o devido conhecimento a respeito da cadeia produtiva da carne bovina brasileira. Vimos ainda convidar os chamados “influenciadores”, organizações (incluindo cervejarias e instituições bancárias), e o público em geral, a conhecer em mais detalhes o sistema produtivo da carne bovina brasileira, responsável pela geração de receitas, e pela produção de alimentos para o Brasil e diversos países do mundo.

Por natureza, os bois emitem gás metano, derivado de seu processo digestivo. Porém, é fato que, especialmente no Brasil, os bois são criados sempre ao ar livre, na maioria das vezes em pastagens, onde os gases emitidos e a água consumida são também absorvidos pelo meio ambiente. Com isso, o potencial efeito prejudicial à natureza é minimizado, e em muitas situações, onde as pastagens são cultivadas e intensificadas, a produção de carne brasileira gera os chamados créditos de carbono”, diz um trecho da nota da ACNB.

Em resposta à campanha do Bradesco sobre o tema Carbono Neutro, o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), destaca que a pecuária brasileira no contexto mundial é a menos impactante na produção de carbono.

“Na Europa e nos EUA, o gado não vive nos pastos. No Brasil, a nossa pecuária é realizada de forma natural, utilizando-se da pastagem como o principal insumo alimentar para a produção de carne bovina. Todos os modelos de produção que utilizam pastagens produtivas para a criação de bovinos contribuem positivamente para o balanço de carbono, sequestrando como gasto desse gás que produção a pecuária emite. Dessa forma, podemos dizer seguramente que a pecuária brasileira já resolve seus problemas com carbono.

Além disso vale ressaltar que nosso código florestal é exigente e foi construído a várias mãos, considerando órgãos de pesquisas nacionais e internacionais, terceiro setor, órgãos públicos e privados e amplamente discutido. A aplicação de nosso CF garante a preservação de mais de 60% do território brasileiro. Dessa maneira, não é aceitável associar a responsabilidade integral pela emissão de gases de efeito estufa com a pecuária brasileira, tão pouco faz sentido ou possui respaldo científico a sugestão de reduzir o consumo de carne bovina no Brasil” , ressaltou o Imac, em nota.

O Bradesco divulgou uma ‘carta aberta’ na última sexta-feira, 24 de dezembro. Confira abaixo o documento, na íntegra:

“Ao longo de seus quase 79 anos de história o Bradesco apoiou de forma plena o segmento do agronegócio brasileiro, estabelecendo parcerias sólidas e produtivas. Tal opção é baseada em sua crença indelével nesse segmento enquanto vetor de desenvolvimento social e econômico do país.

Contudo, nos últimos dias lamentavelmente vimos uma posição descabida de influenciadores digitais em relação ao consumo de carne de origem animal, associada à nossa marca.

Importante dizer que tal posição não representa a visão desta casa em relação ao consumo de proteína animal. Pelo contrário. O Bradesco acredita e promove direta e indiretamente a pecuária brasileira e por conseguinte amplifica o consumo de carne de origem animal.

Diante do ocorrido, medidas foram imediatamente tomadas incluindo a remoção do conteúdo de ambiente público, e, além disso, ações administrativas internas severas. Dessa forma, lamentamos o ocorrido e reforçamos mais uma vez nossa crença irrestrita na pecuária brasileira”.

VEJA TAMBÉM | A polêmica Heineken e a voz da pecuária

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