Enxugamento dos estoques internos de carne bovina e a recuperação das exportações reforçam procura pelo boi

Chineses elevam demanda pela proteína brasileira, enquanto o mercado interno se prepara para o feriado prolongado de Natal; cotações da arroba sobem pelo País

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Com os frigoríficos demandando proteína à China, os preços do boi gordo não param de ganhar força no mercado brasileiro, informam nesta quarta-feira (22/12) as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Entre as principais praças pecuárias do País, destaque para as altas nas cotações da arroba em SP, MS, MT, GO, PR e RO, relata a IHS Markit.


“Nesses Estados, a maior procura visa atender compromissos com o mercado externo”, destaca a consultoria.

Em Goiás, os negócios são fixados caso a caso, diz a IHS.

Em São Paulo, a referência dos negócios concretizados chegou a atingir R$ 335/@ em animais destinados à China, e R$ 325/@ para os bovinos direcionados ao mercado interno, relata a Agrifatto.

Nesta quarta-feira, a Scot Consultoria apurou elevação de R$ 3/@ nas cotações do boi gordo e da novilha no interior paulista, para R$ 320/@ e R$ 313/@, respectivamente, enquanto o valor da vaca gorda ficou estável, em R$ 300/@ (preços brutos e a prazo).

No Paraná, assim como em Rondônia, a oferta de boiadas gordas diminuiu muito e a alta na arroba estimulou a entrada de carregamentos, informa a IHS.

Nas demais praças, houve muita agitação nesta quarta-feira, mas poucas efetivações, acrescenta a consultoria.

Na avaliação da IHS, a oferta escassa de animais terminados e os repiques de compras de boiadas de última hora promoveram um ambiente de suporte às altas da arroba entre algumas regiões.

Além do surgimento de alguns carregamentos ao exterior, o fluxo um pouco mais consistente das vendas de carne bovina no atacado brasileiro também colaborou para a presença mais ativa de algumas unidades de abate nas compras de gado, afirmam os analistas da IHS Markit.

Do lado de dentro das porteiras, muitos pecuaristas não dispõem de grandes ofertas remanescentes de confinamento, ao mesmo tempo que buscam restringir os poucos volumes de animais que ainda possuem para barganhar valores maiores, diz a IHS.

“As boas condições dos pastos também acabam por condicionar o represamento de lotes”, observa a consultoria, que destaca o registro de bons volumes de chuvas na faixa centro-norte do Brasil.

Produtores também alegam trabalhar para minimizar os prejuízos gerados pelas quedas na arroba registrada em setembro e outubro, acrescenta a IHS.

Além disso, por questões fiscais, produtores geralmente se afastam do mercado físico neste período do ano, indicando voltar a negociar apenas no início do ano seguinte, informam os analistas.

Segundo a IHS Markit, a dificuldade em se originar animais em volumes mais expressivos forçou algumas indústrias a operar com preços mais firmes para estimular ocorrência de novos negócios.

“O tamanho, idade, qualidade ou mesmo a proximidade das plantas frigoríficas ainda são determinantes para valores diferenciados”, observa a IHS.

Na B3, os preços dos contratos futuros do boi gordo registraram baixas no fechamento da sessão anterior, mas operou em alta nesta quarta-feira.

Depois dos ajustes de posições, agentes voltam a recompor carteiras diante da firmeza dos preços da arroba no mercado físico.

“A oferta escassa de boiada e o maior apetite de compradores nesta etapa final sugerem que esse quadro deve se perpetuar durante as primeiras semanas de 2022”, prevê a IHS.

Já a comercialização de carne no mercado interno atacadista continua com sinais opostos, relata a Agrifatto.

Enquanto a venda de proteína bovina segue a passos lentos, dificultando o escoamento, a reposição do estoque tem sido cada vez menor, o que pressiona o equilíbrio da balança de oferta e demanda, dizem os analistas da Agrifatto.

A cotação da carcaça casada bovina ainda segue estável nos R$ 19/kg, porém, a expectativa de novos reajustes já circula o mercado, com uma precificação próxima dos R$ 20,50/kg, acrescenta a Agrifatto.

Segundo dados apurados pela IHS Markit, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos voltaram a reagir em meio a repiques de negócios envolvendo distribuidores e varejistas, antes do feriado prolongado de Natal.

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Além da entrada da segunda parcela do décimo terceiro salário, os embarques ao exterior também ajudaram a equalizar os estoques internos de carne bovina, diz a IHS.

Cotações máximas desta quarta-feira, 22 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 307/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 320/@ (à vista)
vaca a R$ 298/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca R$ 300/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 309/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 309/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 278/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 281/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

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