Conforto na escala faz indústria relaxar na compra da boiada

Mas nas praças dos frigoríficos exportadores, arroba firme se sustenta no bom ritmo dos embarques

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Embarque de gado segue firme nas regiões com frigoríficos exportadores. Foto: divulgação

Os negócios no mercado do boi gordo caminham a passos lentos, influenciados sobretudo pela instabilidade do consumo doméstico de carne bovina, devido às incertezas geradas pela pandemia da Covid-19, pela proximidade da segunda quinzena do mês, período de menor poder aquisitivo da população.


“As compras de matéria-prima são essencialmente para reposição dos estoques e equilíbrio das escalas de abate dos frigoríficos”, informa a consultoria Agrifatto, acrescentando que, diante da prorrogação das medidas de isolamento social, não há há perspectivas de melhoras na demanda interna no curtíssimo prazo.

No entanto, as indústrias que atendem o mercado externo continuam bastante ativas nas ordens de compra de boiadas, oferecendo um ágio que pode varia de R$ 5 a 10/@ para animais que atendam os padrões exportação para China, o maior cliente disparado das indústrias exportadoras, com uma participação de 35% na receita total dos embarques do ano passado.

Além disso, segundo relatos da Informa Economics FNP, muitas indústrias aproveitam o período de maior oferta de animais, devido ao avanço do período seco na região Centro-Sul do País, para impor pressão de baixa sobre a arroba, observa a FNP.

No entanto, nas praças com maior presença de frigoríficos exportadores, as cotações do gado gordo são sustentadas principalmente pela firmeza pelo bom ritmo dos embarques, pelos bons preços internacionais da carne bovina e também pela desvalorização cambial, o que deixa o produto brasileiro altamente competitivo, informa a consultoria.

É o caso de São Paulo, onde valor do animal terminado segue estável, em patamar elevado, ao redor de R$ 200/@, a prazo, de acordo com levantamento desta quarta-feira da FNP.

No atacado

Os preços dos principais cortes bovinos no atacado também seguem estáveis, apresentando firmeza. A inconsistência no consumo de carne não é suficiente para ajustes expressivos nas cotações. Com o prolongamento das quarentenas e adoção do lockdown em alguns municípios, restaurantes, bares e outros estabelecimentos comerciais seguem fechados, o que contribui para dificuldade no escoamento, principalmente dos cortes mais nobres, informa a FNP.

Giro pelas demais praças

Na região Norte do País, além do aumento das exportações, a oferta restrita de animais do período, em função do bom volume de chuvas e qualidade das pastagens, também tem contribuído para valores firmes da boiada gorda, de acordo com a FNP.

No Pará, a oferta restrita de gado terminado deu suporte para novas altas nas cotações nesta quarta-feira. No Estado, informa a consultoria, os preços firmes e sustentados se devem também à demanda consistente do mercado externo que, em função da desvalorização cambial, apresenta margens atraentes nas vendas.

No Paraná, a diminuição no nível de chuvas aumentou a disponibilidade de gado gordo. Algumas indústrias locais já trabalham com programações de abate para o meio de junho e os negócios foram efetivados a valores mais baixos, relata a FNP.

No Mato Grosso, os frigoríficos ainda operam com cautela diante da instabilidade no escoamento de carne bovina no mercado doméstico. Além disso, afirma a FNP, a oferta de animais é reduzida em função do período de vacinação do gado contra a febre aftosa. Poucos negócios foram efetivados no mercado do Mato Grosso e a cotação da vaca registrou quedas pontuais.

No Mato Grosso do Sul, o preço da boiada gorda aumentou. Algumas indústrias atuaram de forma mais ativa durante esta quarta-feira e já começam a estender escalas para a última semana do mês, o que contribuiu para a valorização da arroba.

No Pará, a oferta restrita de gado terminado deu suporte para novas altas nas cotações. No Estado, os preços firmes e sustentados se devem também à demanda consistente do mercado externo que, em função da desvalorização cambial, apresenta margens atraentes nas vendas, ressalta a FNP.

Em Minas Gerais, o valor do macho caiu nesta quarta-feira. A fraca atuação das indústrias, que limitam suas compras devido às dificuldades no escoamento dos cortes, tem pressionado a cotação da boiada gorda. Além disso, o avanço do tempo seco diminui a capacidade de especulação dos pecuaristas.

Confira as cotações desta quarta-feira, 13 de maio, de acordo com a FNP:

SP-Noroeste: R$ 200/@ a (prazo)

MS-Dourados: R$ 179/@ (à vista)

MS-C. Grande: R$ 180/@ (prazo)

MS-Três Lagoas: R$ 180/@ (prazo)

MT-Cáceres: R$ 178/@ (prazo)

MT-Tangará: R$ 178/@ (prazo)

MT-B. Garças: R$ 177/@ (prazo)

MT-Cuiabá: R$ 175/@ (à vista)

MT-Colíder: R$ 171/@ (à vista)

GO-Goiânia: R$ 180/@ (prazo)

GO-Sul: R$ 179/@ (prazo)

PR-Maringá: R$ 180/@ (à vista)

MG-Triângulo: R$ 190/@ (prazo)

MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)

BA-F. Santana: R$ 187/@ (à vista)

RS-P.Alegre: R$ 188/@ (à vista)

RS-Fronteira: R$ 186/@ (à vista)

PA-Marabá: R$ 185/@ (prazo)

PA-Redenção: R$ 183/@ (à vista)

PA-Paragominas: R$ 190/@ (prazo)

TO-Araguaína: R$ 185/@ (prazo)

TO-Gurupi: R$ 178/@ (à vista)

RO-Cacoal: R$ 172/@ (à vista)

RJ-Campos: R$ 180/@ (prazo)

MA-Açailândia: R$ 178/@ (à vista)

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