As chuvas abaixo da média observadas em janeiro deste ano no cinturão cafeicultor do oeste paulista e sul de Minas Gerais estão comparáveis à seca de 2014, quando o clima extremamente quente assolou a produção cafeeira do município, segundo aponta a Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do mundo. De acordo com o Departamento de Geoprocessamento da cooperativa, choveu apenas 47% do esperado no cerrado de Minas Gerais; 43% na média mogiana do estado de São Paulo e 41% no Sul de Minas.
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Além da falta de chuvas, a cooperativa desta o calor como um fator de risco para a safra 2018/19 e 2019/20. Enquanto a temperatura – de acordo com a média histórica – elevou 1 grau em janeiro de 2014, neste mesmo mês de 2019 a média histórica foi para 1,5 grau em toda área de ação da Cooxupé.
“Os cafezais ficaram expostos a uma grande amplitude térmica cujas temperaturas mínima e máxima registraram 14 e 36 graus. A associação destes fatores pode comprometer o metabolismo do cafeeiro, com intensidades diferentes, de acordo com as características de cada região”, explica a cooperativa em nota.
Para o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, apesar da situação não estar confortável ainda é cedo para falar em quebra de safra. “No momento não temos condições de mensurar o tamanho dessa possível quebra. O impacto será bem menor se as chuvas vierem em fevereiro e em março, portanto, são meses decisivos para nós”, explica Paulino em nota. Atualmente, as lavouras da cooperativa encontram-se na fase de granação para a produção de 2018/19 e de crescimento para a produção de 2019/20.