Com o registro de estiagem em dezembro e janeiro nas principais regiões pecuárias, boa parte dos bovinos do Brasil Central ficou sem pastagens suficientes para a terminação dos lotes, pelo menos neste momento.
A saída para conseguir negociar rapidamente pelo menos uma parte da boiada e, com isso, garantir o caixa da fazenda, foi partir para a suplementação com ração, lançando mão de uma espécie de semiconfinamento antecipado.
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O problema, relata a Informa Economics FNP, de São Paulo, é que, na hora de fechar negócios com os frigoríficos, os pecuaristas tentam, sem sucesso, valores mais altos para os lotes que receberam a ração, para compensar o maior investimento na engorda.
Cautelosa, a indústria prefere esperar a entrada do mês de março, quando teoricamente cresce a oferta de “boi de capim”. Enquanto isso, o que se vê no mercado do boi gordo, informa a FNP, são apenas negócios mais firmes envolvendo alguns frigoríficos exportadores que, com escalas de abate bastante curtas, buscam atender compromissos urgentes de entregas aos exterior, compondo seus estoques com novilhas e bois inteiros.