Estudo da Embrapa mostra que terra indígena no Acre tem potencial para créditos de carbono

Levantamento apontou que os indígenas têm priorizado atividades agrícolas em áreas já alteradas, investido na recomposição de áreas degradadas e na implantação e fortalecimento de quintais agroflorestais

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Apenas 5,8% da Terra Indígena Poyanawa foram alterados, utilizados com quintais agroflorestais e construções como casas e galpões, entre outros usos – Foto: Eufran Amaral/Embrapa

Estudo feito pela Embrapa mostra que terras dos Poyanawas, no Acre, têm potencial para gerar créditos de carbono. Conforme a estatal, em nota, o levantamento apontou que os indígenas têm priorizado atividades agrícolas em áreas já alteradas, investido na recomposição de áreas degradadas e na implantação e fortalecimento de quintais agroflorestais.

“São ações que reforçam a cultura local, aumentam e diversificam a produção agroflorestal e conservam o meio ambiente, gerando um ciclo de retroalimentação”, explica Eufran Amaral, coordenador do estudo e chefe-geral da Embrapa Acre.


Nos últimos cinco anos, a média de desmatamento no território caiu de 21,3 hectares/ano para 12,8 hectares. A queda se explica pelo melhor aproveitamento das terras nas aldeias, que diminuiu o uso de florestas primárias.

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Com base nos dados da biomassa florestal, da série histórica de desmatamento de 1988 a 2017, e de inventários florestais, os pesquisadores acreditam que a redução pode evitar a emissão de 6.381 toneladas de gás carbônico por ano até 2025. Isso significa que evitar o desmatamento pode ser um negócio rentável para as famílias indígenas.

De acordo com parâmetros de negociação mundial de créditos de carbono, cada tonelada evitada equivale a US$ 6. Para um período de 20 anos (2006 a 2025), como foi considerado pela pesquisa, esse valor estaria próximo dos R$ 3,9 milhões se convertido pela atual cotação.

Para o diretor-executivo do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC), entidade que também participou da pesquisa, William Flores, os resultados mostram a importância das terras indígenas no contexto das mudanças climáticas. “O Acre é pioneiro na comercialização de créditos de carbono, por meio da sua política pública instituída em 2010”, lembra.

Atualmente, tramita no Congresso o projeto de Lei 528/21 que determina a regulamentação do mercado brasileiro de redução de emissões e regulação da compra e venda de créditos de carbono no Brasil. O estudo “Desmatamento Evitado na Terra Indígena Poyanawa, Mâncio Lima, AC, Brasil” faz parte de Portfólio Amazônia, que reúne iniciativas de pesquisa da Embrapa com o objetivo de encontrar novos modelos de desenvolvimento.

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