Autoridades nacionais e internacionais, empresários, acadêmicos e especialistas debatem os principais temas do setor sucroenergético durante o Ethanol Summit 2019, maior evento sobre o tema na América Latina, realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
A edição de 2019 conta com 150 palestrantes e moderadores com diferentes temas que compõem 20 painéis, quatro plenárias e duas palestras magna. Hoje, 18 de junho, último dia do evento, os 1.200 participantes do Summit, acompanham os debates sobre mobilidade, biocombustíveis, bioeletricidade, políticas públicas, comércio internacional, infraestrutura e açúcar.
A cerimônia de abertura aconteceu ontem, dia 17 de junho, com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do governador de São Paulo, João Dória, do presidente da Apex-Brasil, Sergio Ricardo
Segovia Barbosa, entre outras autoridades.
“O Ethanol Summit é um marco para o setor sucroenergético. Durante os debates, são discutidos os principais temas e apontados novos caminhos de avanço para esse que é um setor crucial para o Brasil e o mundo”, afirma Evandro Gussi, diretor presidente da Unica. “Somos o segundo maior produtor de etanol do mundo e o maior exportador de açúcar; temos o potencial de produção de energia elétrica equivalente a quatro Usinas Belo Monte. Tudo isso com alto nível de sustentabilidade e geração de renda. O setor sucroenergético deve ser fonte de orgulho para todos os brasileiros”, complementa.
Mobilidade e RenovaBio são destaque
O futuro da mobilidade e a Política Nacional de Biocombustíveis, RenovaBio, são temas centrais do Ethanol Summit 2019, em plenárias e painéis que reúnem lideranças do setor público e privado. A plenária A Mobilidade Sustentável e o Setor Sucroenergético”, que terá apresentações de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, e Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, seguidas de debate entre Fabio Feldmann, ambientalista e consultor, Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo da KPMG, Fabio Venturelli, CEO do Grupo São Martinho, e Ricardo Bastos, diretor de relações governamentais da Toyota.
Hoje, dia 18, os meios de locomoção do futuro também serão o foco do painel “Bioalternativas para a mobilidade”, composto por executivos do setor automotivo e com moderação de Alfred Szwarc, consultor de tecnologia e emissões da Unica.
Previsto para entrar em vigor no início de 2020, o RenovaBio seria tema de apresentação de Joaquim Levy, ex-presidente do BNDES, que se demitiu domingo último. A Unica não teve tempo de substituí-lo como palestrante. A plenária “O Futuro com o RenovaBio” também terá debate entre Evandro Gussi, diretor presidente da Unica, Plínio Nastari, conselheiro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), Décio Oddone, diretor geral da Agência Nacional do Petróleo. O tema da Política Nacional de Biocombustíveis será aprofundado por um painel técnico intitulado “Desafios do RenovaBio: Regulamentação e Funcionamento”, com Febraban, Ministério de Minas e Energia, ANP, entre outras instituições.
Outros aspectos relevantes do setor também serão debatidos, como os avanços do etanol celulósico, bioeletricidade, novas fronteiras globais para o açúcar e etanol etc.
Maiores delegações internacionais até hoje
O Ethanol Summit 2019 recebe a maior delegação representando o etanol de milho dos EUA até hoje. Presente ao evento Mike Dwyer, economista-chefe do US Grains Council, Ed Hubbard, da Renewable Fuels Association (RFA), e Craig Willis, da Growth Energy.
O evento recebe também representantes do setor da Índia, país que é um dos maiores produtores de açúcar do mundo. Cinco executivos da DCM Shriram India, empresa produtora de adoçante, acompanham o evento, incluindo o diretor executivo, Roshan Lal Tamak.
As comitivas estrangeiras integram plenárias enriquecendo discussões sobre temas como o mercado mundial de biocombustíveis e de etanol. “A presença desses executivos reforça a relevância do Ethanol Summit como fórum qualificado de debate e tomada de decisão nas questões que envolvem o mercado nacional e internacional de biocombustíveis. Temos um importante trabalho pela frente no sentido de criar e consolidar um mercado global de etanol”, avalia Gussi.