Os exportadores norte-americanos de carne suína, assim como os demais grandes fornecedores mundiais da proteína, também estão conseguindo tirar proveito da maior necessidade importação da China, que teve o rebanho de porcos devastado pela peste suína africana.
Segundo dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e compilados pela Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF), a indústria norte-americana embarcou para China/Hong Kong 63.656 toneladas de carne suína em agosto passado, mais que o triplo da quantidade exportada em agosto de 2018. Em receita, as exportações subiram 160% no período mensal, para US$ 137,6 milhões.
No acumulado de janeiro e agosto, os embarques para a China/Hong Kong aumentaram 35% em volume, para 356.322 toneladas de carne suína, e 17% em valor, alcançando US$ 717,9 milhões, segundo o relatório.
As vendas norte-americanas de carne de porco para China crescem mesmo com o histórico de longos 15 meses de batalha comercial entre os dois países – na última sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o início de uma primeira fase de um acordo para o fim do impasse, ainda não oficializado.
“A demanda da China por carne suína importada aumentou constantemente nos últimos meses e a indústria dos EUA está bem posicionada para ajudar a suprir essa necessidade”, disse o presidente e CEO da USMEF, Dan Halstrom, no relatório.
Dados gerais
Considerando todos os países, as exportações norte-americanas de suínos atingiram 221.582 toneladas em agosto, um aumento de 22% em relação ao mesmo mês do ano passado. No mesmo período, o valor das exportações subiu 19%, para US$ 588,8 milhões.
No acumulado de janeiro a agosto, os embarques gerais de carne suína subiram 4% sobre o volume obtido em igual período de 2018, para 1,7 milhão de toneladas. Em receita, as vendas externas de carne de porco dos EUA tiveram acréscimo de 1% no acumulado dos primeiros oito meses de 2019, para US$ 4,35 bilhões.