EUA: um “fazedor” de preços mundiais estratosféricos para a carne bovina

EUA e China são destaques comerciais pela forte influência que exercem na formação dos valores internacionais

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Foto: analista norte-americano Steve Kay (Beef Central).

Os Estados Unidos e a China têm ocupado lugar de destaque nas relações comerciais globais envolvendo a carne bovina, não só pelo colossal volume de toneladas movimentadas anualmente, mas pela influência que ambos os países exercem atualmente na formação dos preços internacionais da proteína de origem animal. Em artigo publicado no portal australiano Beef Central, o analista norte-americano Steve Kay, editor do boletim Cattle Buyers Weekly, traça um paralelo sobre o comportamento dos preços mundiais da carne bovina nos mercados que contam com a participação efetiva dos Estados Unidos, no papel de um dos maiores exportadores do mundo, e da China, na sua atual posição de uma das maiores importadoras da commodity no mundo.

Na avaliação de Steve Kay, é certo que, cada vez mais, a China está definindo preços para “alguns tipos de carne bovina” em algumas partes do mundo – como em sua relação comercial com a Austrália, hoje maior fornecedor do produto para o gigante asiático.


No entanto, segundo Kay, são os norte-americanos os atuais “formadores de preços” para os mercados mais exigentes, que aceitam pagar valores estratosféricos pela carne bovina “de melhor qualidade” importada dos EUA.

Dados sobre as exportações de carne bovina dos EUA em 2018 confirmam essa tendência, diz o analista, em seu artigo. No ano passado, os embarques norte-americanos da proteína atingiram números recordes, tanto em receita quanto em volume, impulsionados por uma forte demanda por parte de clientes como Coreia do Sul, Japão, Taiwan e alguns países do Leste Asiático.

No total, os norte-americanos exportaram 1,35 milhão de toneladas do produto em 2018, um aumento de 7% em relação ao total de 2017, e 5% acima do volume recorde de 2011, segundo dados da Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF, sigla em inglês). O valor das exportações subiu para US$ 8,33 bilhões no ano passdo, com elevação de 15% (ou acréscimo de US$ 1,06 bilhão) sobre o recorde de 2017.

Isso significou, calcula o editor Cattle Buyers Weekly, um ganho de US$ 6,17 por quilo, considerando a média de valores de todos os cortes e tipos de carne bovina exportado pelos EUA no ano passado. “Não sei qual foi o valor médio de carne bovina exportada para a China em 2018, mas não posso imaginar que tenha chegado perto do valor alcançado pelos EUA”, compara.

Os valores foram ainda mais altos no principal mercado de longa data dos exportadores norte-americanos de carne bovina, o Japão. Em volume os embarques ao mercado japonês também aumentaram 7% em 2018, em relação a 2017, para 330.217 toneladas, e subiram 10% em valor (US$ 2,08 bilhões), segundo a USMEF. “O valor chegou a US$ 2 bilhões pela primeira vez na Era pós-EEB (sigla em inglês para a encefalopatia espongiforme bovina, mais conhecida como doença da vaca louca)”, destaca Kay, acrescentando que, no caso do Japão, as exportações registraram um valor médio de US$ 6,30/kg.

Os embarques de carne bovina norte-americana para a Coreia do Sul, no entanto, foram ainda mais “espetaculares”, nas palavras do autor do artigo. As exportações para esse mercado cresceram 30% em 2018, em relação ao ano anterior, para 239.676 toneladas, e aumentaram 43% em receita, para o valor recorde de US$ 1,75 bilhão.

Isso significou que o preço médio de exportação (no mercado sul-coreano) chegou ao patamar de US$ 7,30/kg. Considerando apenas as remessas norte-americanas de carne refrigerada à Coreia do Sul, o valor médio do produto atingiu US$ 9.75/kg, destacou Kay.

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