Exportação de carne bovina dos EUA atinge em maio menor nível mensal em 10 anos

Embarques norte-americanos de carnes foram prejudicados pela paralisação de fábricas frigoríficas após a proliferação da Covid-19 entre funcionários

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As exportações de carne bovina e suína dos Estados Unidos caíram em maio, refletindo, em parte, as interrupções no abate e processamento devido ao registrou de casos de Covid-19 entre funcionários dos frigoríficos, informa o portal norte-americano Feedstuffs, com base em dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e compilados pela Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF).

Os embarques de carne bovina caíram para um patamar bem abaixo dos níveis do ano anterior e registraram o menor volume mensal em dez anos. As vendas de carne de porco, por sua vez, permaneceram em níveis mais altos do que há um ano, mas atingiram o volume mais baixos desde outubro de 2019.


“As interrupções das fábricas atingiram o pico no início de maio, resultando em desaceleração temporária das exportações”, disse o CEO da USMEF, Dan Halstrom. “Infelizmente, o impacto foi bastante severo, especialmente no setor de carne bovina”, destacou ele, acrescentando que os embarques também foram prejudicados pelas medidas de quarentena (contra a propagação do coronavírus) estabelecidas em alguns países consumidores.

Halstrom observou que a recente recuperação da produção de carne bovina e suína ajudará as exportações norte-americanas a ganharem fôlego no segundo semestre de 2020, mesmo diante de perspectivas econômicas globais bastante desafiadoras.

Os números

As exportações norte-americanas de carne bovina caíram 33% em maio em relação ao mesmo mês de 2019, para 79.280 toneladas. Em receita, a queda no período foi de 34%, para US$ 480,1 milhões. No acumulado de janeiro a maio, os embarques de carne bovina registraram queda de 3% em volume e recuou de 5% em receita, na comparação com mesmo período do ano passado.

As exportações de carne suína dos EUA totalizaram 243.823 toneladas em maio, 12% acima de igual período do ano anterior, mas uma queda de 13% em relação à média mensal do primeiro trimestre de 2020. O valor das exportações atingiu US$ 620,9 milhões, um aumento de 9% sobre maio de 2019, mas 16% abaixo da média mensal do primeiro trimestre.

China em ascensão

Apesar dos menores volumes de exportação em maio, a USMEF disse que o Acordo Econômico e Comercial EUA-China deu um novo impulso às exportações de carne bovina ao mercado chinês, totalizando 1.671 toneladas em maio (aumento de 205% em relação ao ano anterior), com receita de US$ 13,2 milhões (elevação anual de 187%). O acordo sobre comércio de carne vermelha entrou em vigor no final de março.

No acumulado de janeiro a maio, os embarques para a China atingiram 4.926 toneladas (66% a mais que no ano anterior), somando US$ 38,9 milhões (avanço anual de 71%). “A Fase 1 (do acordo EUA-China) proporcionou ganhos significativos para a carne bovina dos EUA, finalmente colocando a indústria em posição de competir no mercado que mais cresce no mundo”, destacou Halstrom. “Esses primeiros resultados são realmente apenas uma pequena prévia do que esperamos ver, já que o setor de serviços de alimentação da China vem se recuperando e o ritmo e a produção de carne bovina dos EUA retornou ao seu nível normal”, acrescentou.

As exportações de carne bovina para Hong Kong também apresentaram alta em maio, atingindo 8.397 toneladas (10% a mais que no ano anterior), somando US$ 68 milhões (alta de 8%). Nos primeiros cinco meses do ano, os embarques ao mercado de Hong Kong continuaram acompanhando o ritmo do ano passado, com crescimento de 11% em volume (31.610 toneladas) e 10% em valor (US$ 270,6 milhões).

Por sua vez, as exportações para o Japão (principal cliente da carne bovina norte-americana) caíram 33% em maio sobre mesmo mês do ano anterior, para 19.986 toneladas. Em receita, o tombo no mesmo intervalo de comparação foi de 36%, para US$ 121,9 milhões. No entanto, no acumulado de janeiro a maio, os embarques ao mercado japonês cresceram 5% em volume (134.138 toneladas) e 2% em valor (US$ 841,7 milhões).

As exportações para a Coreia do Sul foram duramente atingidas em maio, atingindo 18.319 toneladas, uma queda de 20% sobre maio de 2019. Em receita, registrou baixa de 27%, para US$ 120,4 milhões. Nos cinco primeiros meses do ano, o volume de exportações para a Coreia permaneceu estável, somando 101.664 toneladas. Em receita, caiu 3%, para US$ 719,2 milhões.

Carne suína para China

A China e Hong Kong continuaram a impulsionar o crescimento das exportações de carne de porco em maio. Os embarques para esses dois mercados recuaram dos recordes recentes, mas ainda assim atingiram 112.820 toneladas, um aumento de 148% em relação ao mesmo mês do ano anterior, somando US $ 259 milhões (aumento de 188%). No acumulado de janeiro a maio, as exportações de carne suína para China-Hong Kong atingiram 526.273 toneladas (aumento de 203%), somando US$ 1,25 bilhão (avanço de US$ 284%). Fonte: Feedstuffs

 

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