As exportações brasileiras de milho dispararam em maio, tanto na comparação com igual mês do ano passado como em relação a abril. O país embarcou 979,3 mil toneladas no mês passado, 1.622% acima das 56,9 mil toneladas registradas em maio de 2018 e 130% acima das 426 mil toneladas enviadas ao exterior em abril.
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Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. O resultado reflete a valorização recente do dólar em relação ao real e também a alta dos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) no último mês, sustentada pelo clima frio e úmido nos Estados Unidos, que comprometeu o plantio no país. Com isso, os preços domésticos subiram, estimulando a comercialização do cereal de verão e dos primeiros lotes de safrinha colhidos.
No acumulado do ano, o Brasil exportou 8,273 milhões de toneladas de milho, volume 63,7% superior aos 5,053 milhões de toneladas embarcadas nos cinco primeiros meses de 2018. A receita cambial em maio chegou a US$ 174,7 milhões, ante US$ 9,4 milhões em maio do ano passado (alta de 1.758%). Na comparação com abril, quando a receita atingiu US$ 79,2 milhões, o incremento é menor mas ainda expressivo, de 120,6%.
Entre janeiro e maio, os embarques de milho resultaram em uma receita total de US$ 1,476 bilhão, montante 83,6% superior ao faturamento de US$ 804,1 milhões obtido em igual intervalo de 2018. O preço médio do cereal exportado, considerando-se 22 dias úteis do mês passado, foi de US$ 178,40 por tonelada, 7,5% acima dos US$ 165,90 apurados em maio de 2018 mas 4,1% inferior aos US$ 186 verificados em abril.resultado reflete a valorização recente do dólar em relação ao real e também a alta dos futuros do milho na Bolsa de Chicago