As exportações brasileiras totais de suco de laranja somaram 925,9 mil toneladas ao longo do ano-safra 2018/19, que compreende o período de julho de 2018 a junho de 2019. O volume representou queda de 20% ante o ciclo anterior, pressionado pela recuperação da safra na Flórida e pelo recuo das importações na Europa, segundo avaliação da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
“Na safra 2018/2019, a temporada de furacões na Flórida foi branda, ao contrário do que ocorreu em 2017, quando o Furacão Irma devastou os pomares, e prejudicou muito a produção local, obrigando os americanos a importar muito mais suco”, explica o diretor-executivo da instituição, Ibiapaba Netto. Em faturamento, as exportações somaram US$ 1,7 bilhão, queda de 18% em relação aos US$ 2,1 bilhões da safra anterior.
No caso da Europa, o volume embarcado para o continente somou 606,5 mil toneladas, queda de 10% na mesma comparação. O faturamento caiu 8%, somando US$ 1,1 bilhão. Segundo Ibiapaba Netto, o recuo pode ser atribuído à migração do consumo para outros produtos, “fato que tem sido constante nos últimos anos”.
Em relação ao suco concentrado e congelado (FCOJ), negociado em bolsa, as exportações brasileiras somaram totalizaram 660,7 mil toneladas no último ano-safra, queda de 24,7% ante o ciclo anterior.A União Europeia importou 446,3 mil toneladas, 12,92% abaixo do mesmo período da safra passada. Para os Estados Unidos as exportações de FCOJ caíram 56,7%, somando 88,8 mil toneladas.