Mesmo com a confirmação de forte escassez de animais terminados, registrada ao longo deste período de entressafra, o Mato Grosso tem conseguido elevar o número de bovinos abatidos. Em outubro, foram levadas ao gancho 538,6 mil cabeças no Estado, um avanço de 9% em relação ao mês anterior (494,2 mil).
Os dados foram apresentados por Marianne Tufani, analista de Bovinocultura de Corte do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base no levantamento mais recente do Instituto de Defensa Agropecuária do Mato Grosso (Indea).
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Na comparação com outubro de 2018, quando foram abatidas 498,1 mil cabeças, houve aumento de 8%.
Na avaliação do Imea, a maior parte dos animais abatidos no Mato Grosso envolveu entregas de contratos a termo. Ou seja, “para aqueles frigoríficos do Estado que não realizaram este tipo de negociação, houve dificuldade em fechar as programações de abate”.
De acordo com o instituto, em outubro, as escalas de abate dos frigoríficos que operam em Mato Grosso ficaram em torno de 5,95 dias. O período é 5% menor, na comparação com setembro deste ano e 12% inferior à programação registrada em outubro de 2018.
Recomposição de matrizes
Chama a atenção o movimento recente de maior retenção de fêmeas nas fazendas de Mato Grosso. Em outubro passado, foram levadas ao gancho 162,3 mil fêmeas, o que representa uma queda de 3% sobre o volume registrado no mês anterior, de 167,6 mil cabeças, informa Marianne.
Na comparação o com pico mensal de abate de fêmeas no Estado, deste ano, de 256,3 cabeças registradas em janeiro, em outubro/2019 as matanças da categoria caíram 36,6%.