Em matéria publicada pelo portal da GlobalMeatNews, Scott Dee, diretor de pesquisa da norte-americana Pipestone Veterinary Services, diz acreditar que a peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) já está presente nos Estados Unidos, apesar dos grandes esforços das autoridades locais para impedir a entrada do vírus na América do Norte.
Para Dee, as chances de manter o vírus fora dos EUA são muito pequenas. “Importamos muitos produtos da China nos quais o vírus pode sobreviver; meu palpite é que a peste suína já tenha entrado no país a partir dos portos”, disse. Porém, na visão do diretor da Pipestone, o vírus ainda não chegou às fazendas de suínos dos EUA, “por isso não houve disseminação”.
Se a febre suína atingir aos rebanhos de porcos do país, alerta o pesquisador, a cadeia norte-americana envolvida com o setor de suínos passaria por uma situação dramática. “Estima-se uma perda de US$ 16 bilhões para o setor agrícola dos EUA no primeiro ano”, relata Dee, acrescentando que o gigante da América do Norte não seria mais capaz de exportar a carne de porco e também haveria um forte impacto sobre as outras proteínas.
Na reportagem da GlobalMeatNews, o pesquisador aconselha os produtores a “elevar os cuidados com a biossegurança aos níveis mais altos”.