Fogo sem controle de um lado e do outro, produtores e trabalhadores rurais desolados. A imagem continua sendo essa no Pantanal, uma importante região de criação de bovinos no País. O bioma foi o que registrou o maior número de focos de incêndio neste ano.
No acumulado do ano, de janeiro até domingo (30), foram registrados 9.745 focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2019, no mesmo período, o número foi de 3.116, o que representou um salto de 212%. De janeiro a julho, o órgão estima 336,7 mil hectares queimados no Pantanal. Foi o maior crescimento, entre todos os biomas.
Como o Portal DBO já mencionou, a situação tende a ficar cada vez mais crítica em várias regiões de criação de gado, com previsão de diminuir a partir de outubro, com o início das chuvas. Por isso, até lá, todo cuidado é pouco com as pastagens.
Focos recentes
Nos últimos dois dias s últimas, 850 focos de incêndios foram registrados no Pantanal, segundo o Inpe. Esses focos significam 18,6% do total de focos de incêndio no País. Em primeiro lugar vem o bioma Amazônia, com 1.978 focos (43,4%) e em segundo, o Cerrado, com 1.227 focos (26,9%) nas últimas 48 horas.
Na Amazônia, apesar de concentrar a maior parte dos focos de incêndio no País, com 43.346 pontos de queimadas identificados de janeiro a agosto (30), o número caiu 5% perante o mesmo período no ano passado. O Cerrado está em segundo lugar, com 23.441 focos, 12% a menos na comparação de 2020 e 2019.