Frigorífico em busca de boi foi a marca da semana

Preços do gordo se mantêm em patamares elevados, fortalecidos pelo aquecimento da demanda interna e pelo forte avanço das exportações de carne bovina

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A sexta-feira foi de mais calmaria nas praças pecuárias, depois de uma semana bastante agitada no mercado do boi gordo, marcada pelas buscas das indústrias por animais prontos para abate, algo cada vez mais raro no País. Neste contexto, os frigoríficos que conseguiram fechar negócios tiveram que aceitar a pressão de alta dos pecuaristas que ainda têm bons lotes de boiadas disponíveis.

Os dados preliminares de abates do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam o quadro atual de escassez de gado neste ano. No segundo trimestre do ano foram abatidas 7,17 milhões de cabeças, queda de 9,7% em relação ao volume de mesmo período em 2019 e recuo de 1,2% na comparação com o trimestre anterior.


A produção das indústrias frigoríficas também foi inibida pelo avanço da Covid-19 no País, especialmente nos meses de abril e maio, quando o consumo doméstico de carne bovina patinou, refletindo as medidas de isolamento social de combate à pandemia.

Segundo apurou a IHS Markit, entre as principais regiões pecuária, a liquidez de negócios avançou ao longo desta semana, e os frigoríficos pesquisados operam com programações médias entre cinco a sete dias.

Nas praças onde os confinamentos têm maior representatividade, foram registradas compras envolvendo animais negociados a termo, o que também permitiu o avanço das escalas das indústrias, acrescenta a consultoria.

A entrada de lotes provindos do primeiro giro do confinamento deve ocorrer de forma mais acentuada ao final de agosto, observa a IHS Markit. No entanto, diz a consultoria, esse acréscimo de oferta de animais de cocho “não deve emplacar maiores pressões baixistas, uma vez que as compras de boiada confinada tipicamente seguem preços balizados pelo indicador Cepea/B3 que, na parcial de agosto até o dia 12, registrou a maior média em termos reais de toda a série histórica iniciada em 1994, de R$ 226,97/@”.

Exportação bomba, demanda interna reage

Apesar dos patamares elevados praticados na arroba, os frigoríficos se mostraram ativos nas compras ao longo desta semana, com manutenção de abates regulares para atender tanto o consumo doméstico de proteínas, que demonstrou reação acima do esperado para a primeira quinzena do mês, quanto a demanda aquecida no mercado internacional, principalmente pela atuação da China.

Depois de registrar o maior valor já exportado para o mês de julho, há fortes indicativos de que os embarques brasileiros de carne bovina irão alcançaram novos patamares recordes em agosto, prevê a IHS Markit. Segundo dados da Secex, nos cinco primeiros dias úteis do mês, as exportações registraram média diária de 8,8 mil toneladas, avanço de 20% com relação ao mês anterior e aumento de 43% na comparação com o mesmo período em 2019.

No mercado interno, relata a consultoria IHS, depois de forte instabilidade registrada nos últimos meses, o consumo de proteínas parece retornar gradualmente aos níveis registrados antes de março, quando os primeiros casos de Covid-19 foram registrados no País. “A flexibilização das quarentenas nos grandes centros urbanos e, principalmente, a reabertura de bares e restaurantes, devem manter o escoamento dos cortes bovinos das câmaras frigoríficas para os atacados em ritmos mais estáveis”, observa a IHS Markit.

Giro pelas praças

Em São Paulo, a arroba permaneceu em nível elevado, negociada a R$ 229, a prazo.

Nesta sexta-feira, as cotações do boi gordo voltaram a subir nas praças ao Norte do Brasil. Diante da oferta restrita de animais, ajustes positivos foram registrados nos Estados da Bahia, Pará e Tocantins, de acordo com dados levantados pela IHS Markit.

No Mato Grosso, a arroba também se valorizou no dia de hoje, refletindo a dificuldade dos compradores em encontrar boiadas.

Confira as cotações desta sexta-feira, 14 de agosto, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 229/@ (prazo)

vaca a R$ 215/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 217/@ (à vista)

vaca a R$ 205/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 219/@ (prazo)

vaca a R$ 207/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 219/@ (prazo)

vaca a R$ 207/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 205/@ (prazo)

vaca a R$ 193@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 205/@ (prazo)

vaca a R$ 193/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 209/@ (prazo)

vaca a R$ 200/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 205/@ (à vista)

vaca a R$ 195/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 197/@ (à vista)

vaca a R$ 187/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 222/@ (prazo)

vaca R$ 212/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 222/@ (prazo)

vaca a R$ 212/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 222/@ (à vista)

vaca a R$ 207/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 227/@ (prazo)

vaca a R$ 218/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 231/@ (prazo)

vaca a R$ 216/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 229/@ (à vista)

vaca a R$ 224/@ (à vista)

RS-P.Alegre:

boi a R$ 212/@ (à vista)

vaca a R$ 202/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 212/@ (à vista)

vaca a R$ 202/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 217/@ (prazo)

vaca a R$ 212/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 217/@ (prazo)

vaca a R$ 222/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 214/@ (prazo)

vaca a R$ 206/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 224/@ (prazo)

vaca a R$ 214/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 220/@ (à vista)

vaca a R$ 210/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 205/@ (à vista)

vaca a R$ 193/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 217/@ (prazo)

vaca a R$ 205/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 212/@ (à vista)

vaca a R$ 195/@ (à vista)

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