Com nove plantas de carne bovina paralisadas em março no Mato Grosso, devido à pandemia da Covid-19, a utilização da capacidade frigorífica no Estado atingiu 46,75% no mês, o que significou um decréscimo de quase 8,5 pontos percentuais em relação ao nível industrial registrado em fevereiro, de 55,19%. As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Com a paralisação das nove unidades frigoríficas, o abate total no Mato Grosso sofreu recuo de 8,22% em março, na comparação com o volume registrado no mês anterior, para 376.625, informa o Imea.
O maior nível de ociosidade foi verificado nas plantas instaladas nas regiões nordeste e sudeste do Mato Grosso, que tiveram duas unidades paralisadas em cada uma. A ociosidade no Estado só não foi maior porque outras duas regiões (oeste e centro-Sul) conseguiram aumentar a sua capacidade de produção, assim como seu abate diário. Na região oeste, o abate e março subiu 2,79%, enquanto no centro-sul houve acréscimo de 1,23%.
No entanto, segundo avaliação dos analistas do Imea, com as habilitações de quatro frigoríficos para envio de carne bovina ao Egito e mais cinco em fase final de aprovação para embarque à China, “pode ser que este cenário (de ociosidade nos abatedouros do MT) seja menos intenso nos próximos meses, uma vez que as exportações permanecem em ritmo satisfatório”.