Neste início de março, frigoríficos seguem cautelosos para novas aquisições de animais, tentando evitar abrir preços maiores aos pecuaristas. Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse posicionamento reflete a dificuldade em vender a carne nos atuais patamares de preços. No entanto, a oferta limitada de animais para abate tem diminuído a força da pressão compradora.
De 24 de fevereiro a 3 de março, o Indicador do boi gordo Cepea/B3 (estado de São Paulo, à vista) permaneceu praticamente estável (-0,45%), fechando a R$ 298,15 nessa quarta-feira (3/3). Quanto às vendas ao mercado internacional, o menor número de dias úteis em fevereiro e o ano novo chinês reduziram os embarques da carne bovina brasileira para o patamar registrado em janeiro de 2019.
Mesmo assim, as exportações seguem acima das 100 mil toneladas mensais desde o começo de 2018, mostrando que o mercado externo continua importante para o Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em fevereiro o Brasil exportou 102,12 mil toneladas do produto in natura, baixas de 4,85% em relação a janeiro deste ano e de 7,64% em comparação a fevereiro do ano passado.
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